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PF cumpre cinco mandados de prisão em investigação sobre fraudes a auxílio emergencial em Pernambuco

Cinco pessoas foram alvo de mandados de prisão temporária em Pernambuco dentro da Operação Quinta Parcela, desencadeada pela Polícia Federal nesta quinta (29) para investigar fraudes a benefícios emergenciais durante a pandemia.

No estado, também foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, além do sequestro e bloqueio de bens e valores mantidos em contas bancárias de oito pessoas físicas. Foram apreendidos um carro, computadores e documentos.

“A operação começou em virtude da verificação, por meio de um banco de dados que foi criado entre a Polícia Federal e a Caixa Econômica Federal, onde foram identificados indícios de fraude na concessão de benefícios. Os crimes são de estelionato e organização criminosa”, afirmou o delegado federal Márcio Tenório.

As medidas cautelares foram expedidas pelas 24ª e 13ª Varas da Justiça Federal de Pernambuco para endereços no Recife, em Caruaru, no Agreste do estado, e em Palmares, Lagoa do Carro e Paudalho, na Zona da Mata. “O material que for apreendido vai ser submetido à nossa equipe de análise e a investigação vai transcorrer a partir desses novos elementos”, declarou Tenório.

As investigações, no estado, foram iniciadas pelas delegacias de Polícia Federal em Caruaru e de Repressão a Crimes Fazendários (Delefaz) em dezembro, após análise das denúncias de fraudes aos auxílios emergenciais da Lei 13.982/2020, constantes da Base Nacional de Fraudes ao Auxílio Emergencial (BNFAE).

“Da referida análise, foram estabelecidas correlações entre os registros constantes da BNFAE, sendo possível detectar que pelo menos oito suspeitos, com endereços nos municípios supracitados, seriam os beneficiários de, ao menos, 96 contas do auxílio emergencial fraudadas”, disse a PF em nota.

Os envolvidos, segundo a investigação, efetuaram pagamentos de 74 boletos bancários, utilizaram-se de maquinetas de cartão de crédito e também realizaram transações por e-commerce entre 5 de maio e 3 de junho de 2020.

A fraude foi estimada em ao menos R$ 60 mil, segundo a PF. Com os mandados cumpridos nesta quinta, os investigadores buscam identificar membros da organização criminosa, outros benefícios porventura cadastrados e movimentados de forma fraudulenta, bem como o destino dos valores desviados e sua recuperação.

Os envolvidos podem responder pelos crimes de estelionato qualificado, associação criminosa e lavagem de dinheiro, penas que se somadas, em caso de condenação, podem chegar a 30 anos de reclusão.

Fonte: G1PE