A CPT (Comissão Pastoral da Terra), braço agrário da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), acusou a Polícia Militar do Pará de praticar abusos contra trabalhadores rurais durante ações nas últimas semanas para procurar sem-terra suspeitos de depredações de propriedades e fechamento de estradas no Estado.
Segundo texto da CPT, assinado pelo coordenador da entidade no sul do Pará, frei Henri des Roziers, policiais agrediram e praticaram tortura psicológica, inclusive contra uma grávida. As tropas, afirmou ele, só tinham ordem de busca e apreensão para dois dos três acampamentos revistados.
Roziers diz que os lavradores foram ameaçados de morte e sofreram violência psicológica para identificar os procurados.
A grávida Neidiane Rodrigues Resplandes foi obrigada a caminhar meio quilômetro sob ofensas para revelar nomes e chegou a ter um sangramento, segundo o frade dominicano.
Os policiais foram acusados ainda de agir sob efeito de álcool, de usar cavalos para destruir plantações e de ameaçar de morte e agredir fisicamente o acampado Weston Gomes.
Fonte: Agência Folha