A redução nas passagens de ônibus urbanos nas principais cidades do país por conta das manifestações foi o principal responsável por deixar a inflação de julho próximo de zero. Com uma queda em julho de 3,32% em relação a junho, as passagens dos ônibus urbanos tiveram peso de -0,09 ponto percentual, puxando para baixo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, e marcou em julho 0,03%.
Segundo Eulina Nunes dos Santos, coordenadora da Coordenação de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que anunciou o IPCA nesta quarta-feira (7), todos os transportes públicos tiveram em queda em julho, além dos ônibus urbanos: trem, – 4,13%; ônibus intermunicipal, -1,69%; e metrô, -4,97%.
Com o resultado de julho, segundo o IBGE, o IPCA acumulado no ano ficou em 3,18% e, em 12 meses, em 6,27% – voltando para dentro da meta de inflação do governo federal, que permite o IPCA oscilar entre 2,5% e 6,5%. A previsão do mercado financeiro, conhecida por meio do boetim Focus, do Banco Central, é de que IPCA feche 2013 em 5,75% e 2014, em 5,87%.
A queda no preço das passagens ainda poderá influenciar o IPCA de agosto uma vez que os reajustes para baixo em Porto Alegre (-1,78%) e Belo Horizonte (-5,60%) aconteceram e julho, disse Eulina.
Também os veículos próprios tiveram queda de preços: o caro usado caiu 0,37% e o novo reciou 0,29%, segundo Eulina, devido à proximidade da chegada dos novos modelos 2014. O seguro de automóvel também caiu (-1,84%), assim como a gasolina (-0,23%) e o etanol (-0,55%). A boa safra da cana-de-açúcar influecia também o preço do etanol e da gasolina que tem 25% de etanol em sua composição.
Outra queda no grupo de produtos não alimentícios foi no vestuário. Os preços caíram por conta das liquidações.
Fonte: G1