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Obras atrasam e Pernambuco perde na transposição do Rio São Francisco

Os pernambucanos não poderão usufruir da primeira etapa da transposição do Rio São Francisco porque faltam canais e adutoras que façam o transporte da água, mesmo quando ocorrer a conclusão da construção do Eixo Leste, o que está previsto para dezembro do próximo ano.A transposição prevê a construção de dois grandes canais: o Eixo Norte e o Eixo Leste. Saindo da barragem de Itaparica e indo até a cidade de Monteiro, na Paraíba, com uma extensão de 220 quilômetros, o Eixo Leste é considerado uma das soluções para atenuar o déficit hídrico de uma das regiões mais carentes de água: uma parte do Sertão de Pernambuco e do Agreste.

Por isso, as obras do Eixo Leste incluíram a construção do Ramal do Agreste, um grande canal que seria iniciado em Sertânia e levaria a água até Arcoverde, fazendo a primeira ligação para que a água da transposição chegue até o Agreste pernambucano. Depois do ramal, a água passaria a ser distribuída pela Adutora do Agreste, que ainda não tem nem projeto executivo elaborado, o primeiro passo para que uma obra pública seja realizada. O ramal seria realizada pelo governo federal e a adutora numa parceria entre o Estado e a União. Ambas atrasaram.

“O Ramal do Agreste atrasou porque a licença ambiental foi pedida em março de 2008 e só saiu em abril de 2009”, comenta o secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional, João Santana, acrescentando que esse licenciamento foi feito pela Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH). A assessoria de imprensa da CPRH informou que o processo de licenciamento foi complexo, porque é uma obra de grande porte e teve que realizar uma audiência pública.

O projeto executivo do Ramal do Agreste deverá ser concluído até o final deste ano e a obra tem um custo estimado em cerca de R$ 500 milhões. A expectativa é que a licitação para a construção do Ramal do Agreste ocorra entre fevereiro e março do próximo ano, segundo Santana.

O Ramal do Agreste levará pelo menos um ano para ser executado. Isso significa que no primeiro ano de funcionamento, o Eixo Leste vai servir, principalmente, para levar água para a Paraíba. “Muita gente pensou que a transposição não ia sair e achou que não fazia sentido cuidar das obras relacionadas ao projeto”, diz um técnico do governo do Estado, que prefere não se identificar.

“O Ramal do Agreste pode estar pronto em 2011, já que a expectativa é que as obras sejam iniciadas em 2010”, conta o secretário estadual de Recursos Hídricos, João Bosco de Almeida. O mais estranho é que o Ramal do Agreste foi incluído como obra dentro do Eixo Leste, quando a transposição estava, literalmente, no papel.

A Adutora do Agreste está num estágio ainda mais embrionário. “Vai ser feito um convênio com o Ministério da Integração Nacional para elaborar o projeto executivo da adutora”, explica João Bosco. A adutora do Agreste vai ter 1.100 quilômetros de extensão e beneficiar 1,9 milhão de pessoas, que residem em 70 cidades daquela região e mais de 80 localidades espalhadas nesses municípios (ver quadro ao lado, que mostra algumas das principais cidades).

Fonte: Blog do Carlos Britto

2 comentários sobre “Obras atrasam e Pernambuco perde na transposição do Rio São Francisco

  1. José Carlos de Espíndola

    Tenho uma propriedade no povoado de Ipojuca, bem na nascente do rio Ipojuca no município de Arcoverde. Será que a transposição virá, ou é só conversa para boi dormí, nos do semi-árido sofremos todos os anos, temos esperança e sonhamos com a água do São Francisco, ou podemos continuar sonhando?

  2. PEDRO SEVERINO DE SOUSA

    SERIA A SERRA DA BAIXA VERDE, UMA DAS ALTERNATIVAS PARA OS EIXOS NORTE E LESTE DO PROJETO SÃO FRANCISCO (PISF), VISANDO A MINIMIZAÇÃO DE CUSTOS E IMPACTOS SÓCIO-AMBIENTAIS?

    Todavia, existem outros possíveis traçados, entre eles o de Floresta-PE, Serra Talhada-PE e Santa Cruz da Baixa Verde–PE(localizada na Serra da Baixa verde),que deságua no vale do Piancó, através do Riacho Piancozinho…

    Certamente, diminuirá substancialmente, todos os custos inerentes a este referido Projeto São Francisco concernente ao Eixo Norte. Pois, este percurso referido acima, ou seja, entre Floresta-PE, Serra Talhada-PE e Santa Cruz da Baixa Verde–PE, só perfazem somente 130km.

    Ou através do próprio Eixo Leste, aproveitando em toda a sua essência, a totalidade da concepção de todo seu “Projeto de Engenharia”, que já estar sendo executado, com previsão de conclusão para o final do ano de 2010…Entretanto, sugeria que no “Divisor de Água”, entre os Estados de Pernambuco e da Paraíba…Entre a Serra do mundo novo e a serra do cariri velho…Que se faça uma derivação para uma das nascentes do Rio Pajéu…Que vai bater no São Francisco…Antes desaguando na barragem de SERRINHA II com capacidade Máxima de 311.000(trezentos e onze milhões) de metros cúbicos de água. Localizada no município de Serra Talhada-PE…Que atenderia a uma das entradas alternativa do Projeto São Francisco(PISF) pela na Serra da Baixa Verde,que deságua no vale do Piancó, através do Riacho Piancozinho…

    Chegando até o “Complexo Coremas-Mãe D´Água”, com capacidade máxima de 1.358.000(hum bilhão trezentos e cinqüenta e oito milhões) de metros cúbicos de água…Que, segundo, “Estudos Científicos”, é o manancial de maior eficiência hidráulica… Por possui 21,5m³/m² de eficiência hidraulica, uma das maiores do semi-árido nordestino…Pelo visto, com excelente “Poder Sinergetico”…E melhor distribuição de suas água para o Nordeste Setentrional, ou seja, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte…Por se encontrar localizado dentro de coordenadas geográficas, com latitude 7°3’36″S ; longitude 37°57’52″W e altitude de 245 metros de altura, que lhe dar estas condições naturais, privilegiadíssimas de ser açude distribuidor, por excelência, dos sertões nordestino brasileiro… Pois, o açude de Coremas, fica literalmente no “Meio” ou seja, “Equidistante”, entre os dois Eixos Norte e Leste…

    Diante do exposto, dentro do contexto da valorização socioambiental e de uma valorização custo-benefício, estas alternativas ora apresentadas trariam beneficios sócio-econômico-ambiental entre Floresta-PE, Serra Talhada-PE e Santa Cruz da Baixa Verde–PE, se não para o projeto de integração São Francisco(PISF).E do Eixo Leste… Por já estarem em plena execução… Todavia, certamente, serviria de exemplos, para outros projetos de interligação de bacia Hidrográficas, ou então, na equação no equivoco, ao meu vê, do atual Projeto de integração São Francisco(PISF), concernente ao Eixo Norte…E/ou então, servirá de Proposta para num futuro próximo do Estado de Pernambuco interligar suas bacias hidrográficas do Pajéu, Brígida e Moxotó…Só assim, atendendo ao Estado de Pernambuco de sua demanda de água, que é crescente, em todos os seus usos, nas suas regiões acima citadas…

    E que em suma, teria uma maior difusão do “Projeto de Integração do São Francisco”(PISF)…Ou seja, distribuiria as águas do “Velho Chico”, com uma melhor “Eqüidade”, Sócio-Econômico-Ambiental…

    DO ESCRITOR :
    “PEDRO SEVERINO DE SOUSA”
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