Foi publicado em edição extra do Diário Oficial do Estado de Pernambuco, na segunda-feira, 21 de abril, luto oficial de sete dias pela morte do Papa Francisco, aos 88 anos
Jorge Mario Bergoglio escolheu o nome Francisco inspirado no santo italiano que renunciou à riqueza para viver ao lado dos mais necessitados.
O papa, que ficou à frente da Igreja Católica por 12 anos, teve um pontificado marcado pela atuação humanitária e a inclusão dos marginalizados, entre eles, os homossexuais.
“O mundo perde uma voz ativa na busca por igualdade social e na defesa dos diretos humanos. Certamente ele agora está nos braços do Pai, ao lado de nosso senhor Jesus Cristo”, declarou a governadora Raquel Lyra.
Foram detidos um casal em um carro e um passageiro em um ônibus. Um suspeito de homicídio foi levado à delegacia, em Salgueiro.
Durante o feriado da Semana Santa, a Operação Cactus, da Polícia Militar de Pernambuco – PMPE, apreendeu, drogas, arma, munições e celulares em ponto de bloqueio do município de Serra Talhada, além de fazer duas detenções, já no primeiro dia de atividades.
Ainda, na saída de Petrolina, em direção a Natal, num ônibus interestadual, foram encontrados quase 20 kg de cocaína e um celular. O suspeito era um passageiro, que autuado em flagrante e levado à delegacia.
Os policiais do ponto de bloqueio, em Salgueiro, foram informados por outra equipe sobre a localização de um suspeito de homicídio, que foi levado à delegacia do município.
A ação do Batalhão Especializado de Policiamento do Interior – Bepi aconteceu entre 17 e 22 de abril e teve o objetivo de garantir a segurança nas estradas e rodovias do interior de Pernambuco, em especial nos destinos turísticos, durante o feriadão.
“A Operação Cactus está reforçando a Operação Semana Santa da Secretaria de Defesa Social – SDS nas vias de acesso das principais Áreas Integradas de Segurança de responsabilidade desta unidade especializada, por meio de abordagens e pontos de bloqueios em locais estratégicos do interior. O objetivo é garantir o bem-estar e o direito de ir e vir dos cidadãos, com foco também na apreensão de ilícitos”, esclareceu o comandante do Bepi, o tenente-coronel Alessandro Bezerra.
A empresa, que emprega cerca de 20.000 pessoas na América do Norte, diz que está sofrendo com as perspectivas de aumento dos custos e demanda fraca.
Foto: Divulgação/Volvo Car Brasil
O Grupo Volvo planeja demitir até 800 trabalhadores em três instalações nos Estados Unidos nos próximos três meses devido à incerteza do mercado e às preocupações com a demanda diante do tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse um porta-voz nesta sexta-feira (18).
A Volvo disse em um comunicado que informou aos funcionários que quer demitir de 550 a 800 pessoas em sua unidade da Mack Trucks em Macungie, Pensilvânia, e em duas instalações do grupo em Dublin, Virgínia, e Hagerstown, Maryland.
A empresa emprega cerca de 20.000 pessoas na América do Norte, de acordo com seu site.
Trump derrubou o sistema de comércio global que está em vigor há mais de 75 anos com um plano de tarifas sobre produtos de todo o mundo. Sua política comercial errática minou a confiança dos consumidores e das empresas e fez com que os economistas aumentassem suas previsões para uma recessão nos EUA.
As demissões na Volvo são a mais recente resposta de um setor de automóveis e caminhões que está sofrendo com as tarifas do presidente republicano sobre determinadas peças, o que deve aumentar o custo de fabricação dos veículos.
“Os pedidos de caminhões pesados continuam a ser afetados negativamente pela incerteza do mercado sobre as taxas de frete e demanda, possíveis mudanças regulatórias e o impacto das tarifas”, disse um porta-voz do Volvo Group North America em um comunicado enviado por e-mail.
“Lamentamos ter que tomar essa medida, mas precisamos alinhar a produção com a redução da demanda por nossos veículos.”
O nome da operação remete à postura cínica e dissimulada dos investigados, que cultivavam uma reputação positiva enquanto participavam de ações abjetas e violentas no universo digital
Foto: Reprodução/PCERJ
Três homens foram presos e um menor foi apreendido no último domingo (20) por suspeita de planejar um ataque a um homem em situação de rua no Rio de Janeiro. O crime seria transmitido ao vivo pela internet em troca de dinheiro, como parte de uma rede criminosa investigada pela Operação Desfaçatez.
A operação cumpriu mandados de prisão em Vicente de Carvalho, na Zona Norte, e em Bangu, na Zona Oeste. Segundo a delegada Maria Luiza Arminio Machado, responsável pelas investigações, o grupo pretendia cometer o assassinato justamente no aniversário de Adolf Hitler, evidenciando motivações ideológicas extremistas.
A Polícia Civil do RJ atuou em parceria com o Ciberlab da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), identificando jovens que utilizavam a plataforma Discord para promover crimes como maus-tratos a animais, racismo, estupro virtual, incitação à violência e ataques de ódio direcionados a negros, mulheres e adolescentes.
Entre os presos está Bruce Vaz de Oliveira, que se autoproclamava ativista ambiental e mediador de conflitos internacionais, mas foi acusado de liderar sessões de tortura contra animais e participar de uma célula terrorista. Kayke Sant Anna Franco e Caio Nicholas Augusto Coelho também foram detidos por envolvimento em crimes como corrupção de menores, incitação ao crime e planejamento do atentado contra o morador de rua.
O secretário de Polícia Civil do RJ, Felipe Curi, destacou o cinismo dos investigados, que mantinham uma fachada de respeitabilidade enquanto praticavam atrocidades. À imprensa, a ONU negou qualquer vínculo com Bruce Vaz, reforçando alertas sobre fraudadores que usam indevidamente o nome da organização.
A operação contou com apoio da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) e da 19ª DP (Tijuca). Foram expedidos mandados de busca e apreensão domiciliar para coletar dispositivos eletrônicos que auxiliem nas investigações.
Em nota, o Discord afirmou colaborar com as autoridades e remover conteúdo ilegal assim que detectado. A operação marca um avanço no combate a redes criminosas que exploram a internet para disseminar violência e crueldade.
Cristiano Almeida Leite, à direito | Foto: Divulgação/Renan & Christiano
Na última sexta-feira (18), a dupla sertaneja Renan e Christiano, de Juiz de Fora (MG), anunciou nas suas redes sociais o fim da parceria. A decisão ocorre dias após Cristiano Almeida Leite ser alvo da operação Teatro Invisível 2 da Polícia Federal
Renan seguirá carreira solo, mantendo a agenda de shows e trabalhando em novos projetos. Christiano, por sua vez, se afastará dos palcos.
Referida operação da Polícia Federal investiga rede de desinformação financiada por contratos suspeitos com prefeituras do Rio de Janeiro. Policiais cumpriram dois mandados de busca em imóveis ligados ao cantor Cristiano.
Grupo teria movimentado até R$ 3,5 bilhões por meio de fraudes em licitações, obstrução de justiça, lavagem de dinheiro e uso de caixa dois em campanhas eleitorais de 2024.
A vitória consagra Calderano como o primeiro atleta nascido fora da Ásia ou da Europa a conquistar o título da competição
Foto: Alexandre Loureiro/COB
O brasileiro Hugo Calderano escreveu no último domingo (20) o capítulo mais glorioso de sua carreira — e da história do tênis de mesa nacional. Em uma campanha impecável, Calderano sagrou-se campeão da Copa do Mundo de Tênis de Mesa 2025, realizada em Macau, ao vencer o chinês Lin Shidong, número 1 do mundo, por 4 sets a 1 na grande final.
A vitória consagra Calderano como o primeiro atleta nascido fora da Ásia ou da Europa a conquistar o título da competição, rompendo barreiras históricas e colocando o Brasil no topo do cenário mundial do tênis de mesa.
Caminho rumo ao título
Desde a fase de grupos, Calderano mostrou que estava em grande forma. Venceu com autoridade o canadense Eugene Wang (65º do ranking) e o japonês Yukiya Uda (30º). Nas oitavas de final, derrotou Hiroto Shinozuka (29º), também do Japão.
Nas quartas de final, o desafio foi contra o japonês Tomokazu Harimoto, número 3 do mundo. Com uma atuação segura e agressiva, o brasileiro venceu por 4 a 1 e garantiu, ali, uma medalha inédita para o Brasil na Copa do Mundo.
A virada histórica na semifinal
O grande momento da campanha veio na semifinal contra o chinês Wang Chuqin, vice-líder do ranking. Após sair atrás por 3 sets a 1, Calderano protagonizou uma virada épica. Com um jogo técnico e mentalmente sólido, venceu os três últimos sets e fechou a partida em 4 a 3 — com parciais de 14/12, 5/11, 6/11, 7/11, 11/7, 11/5 e 12/10.
A vitória já o colocava como o primeiro atleta das Américas a alcançar uma final da Copa do Mundo, mas Hugo queria mais.
A consagração
Na decisão, diante de Lin Shidong, Calderano jogou com autoridade, confiança e inteligência tática. Sem se abalar diante do número 1 do mundo, venceu por 4 sets a 1 e levantou a taça, coroando uma trajetória que entra para os livros do esporte brasileiro.
Um novo marco
A conquista de Hugo Calderano representa mais do que um título: ela quebra a hegemonia asiática e europeia no tênis de mesa, abre espaço para o protagonismo latino-americano e inspira uma nova geração de atletas. O Brasil agora tem um campeão mundial — e o mundo conhece ainda mais o nome de Hugo Calderano.
Inquérito civil do MP foi aberto após denúncia sobre uso de emendas municipais para custear shows em Campinas
Foto: Divulgação/MPSP
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) investiga vereadores de Campinas que enviaram emendas municipais para custear shows apontados como acima do preço de mercado.
A apuração foi aberta no início de 2024 e mirava todos os vereadores que enviaram emendas para shows contratados pela secretaria de Cultura na cidade.
Após uma primeira análise da área técnica, o Ministério Público afirma ter encontrado pagamentos acima do preço em ao menos seis casos, segundo um documento obtido pela coluna.
Os seis shows foram custeados com emendas indicadas por quatro vereadores. Segundo o MPSP, os possíveis sobrepreços nos contratos variam de 30% a 78%, se comparados com contratações dos mesmos shows por outras cidades.
O possível sobrepreço foi apontado pelo Centro de Apoio Operacional à Execução (Caex), órgão auxiliar do MPSP, que comparou o preço pago pela Prefeitura de Campinas com os contratos para os mesmos artistas fechados com cidades diferentes, em um período similar.
Um dos casos citados pelo MP é a apresentação de Cleiton e Camargo, que, segundo a análise técnica, custou aos cofres municipais 78% a mais do que a média de preço na época. O show, contratado por R$ 95 mil, foi bancado com emenda do ex-vereador Marcelo da Farmácia.
Segundo o Caex, os shows da dupla sertaneja custaram a municípios, como Aparecida, Tremembé e Pindamonhangaba, todos em São Paulo, uma média de R$ 53,3 mil – valor inferior ao pago em Campinas.
A mesma avaliação foi feita para os outros shows em que foi encontrado o preço acima da média praticada em outras cidades paulistas.
Confira a seguir a relação dos shows acima do preço, segundo o MPSP: Cleiton e Camargo (Conectshows Promoções e Eventos Ltda) – R$ 95 mil – possível sobrepreço de 78% – bancado com emenda de Marcelo da Farmácia (ex-vereador); Alex e Yvan (J.P.R Produçoes e Eventos LTDA) – R$ 70 mil – possível sobrepreço de 66% – bancado com emenda de Marcelo da Farmácia (ex-vereador); Althair e Alexandre (BR Brasil Eventos Shows) – R$ 95 mil – possível sobrepreço de 43% – bancado com emenda de Edson Ribeiro (União Brasil); Frank Aguiar (Luma P C Aguiar Lacerda Produção) – R$ 80 mil – possível sobrepreço de 60% – bancado com emenda de Arnaldo Salvetti (MDB); Marcos Paulo e Marcelo (Portal do Eventos) – R$ 85 mil – possível sobrepreço de 30% – bancado com emenda de Marcelo da Farmácia (ex-vereador); Negritude Junior (Roneia Forte Correa) – R$ 69 mil – possível sobrepreço de 65% – bancado com emenda de Nelson Hossri (PSD) e Marcelo da Farmácia.
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, rebateu o artigo da revista britânica The Economist com críticas a posturas de ministros da Corte
Foto: Fellipe Sampaio/STF
O STF divulgou nota com resposta do presidente da Corte no sábado. Barroso afirmou que o foco da reportagem corresponde “mais à narrativa dos que tentaram o golpe de Estado do que ao fato real de que o Brasil vive uma democracia plena”.
A The Economist disse que o ministro do STF, Alexandre de Moraes, “divide opiniões”. A publicação afirmou que somente no Brasil, onde os ministros da Corte detêm “poder excessivo”, um magistrado poderia alcançar tamanha notoriedade.
Revista britânica defendeu que o STF deve adotar maior “moderação”. O artigo sugere que o Supremo deveria ser mais contido, apesar de ter justificativas para “agir com rigor” em defesa do Estado Democrático de Direito após as tentativas de golpe. Também criticou as decisões monocráticas, que são individuais e dispensam a discussão com os ministros.
Na nota, Barroso citou a suspensão do X (antigo Twitter) por descumprimento de normas exigidas por parte do dono da empresa, Elon Musk. O presidente do STF afirmou que a decisão foi ratificada por outros juízes.
“Não existe uma crise de confiança. As chamadas decisões individuais ou ‘monocráticas’ foram posteriormente ratificadas pelos demais juízes. O X [ex-Twitter] foi suspenso do Brasil por haver retirado os seus representantes legais do país, e não em razão de qualquer conteúdo publicado. E assim que voltou a ter representante, foi restabelecido.”
Presidente da Corte afirmou que a regra de procedimento penal em vigor no Tribunal é a de que ações penais contra altas autoridades seja julgada por uma das duas turmas do tribunal, e não pelo plenário. Segundo Barroso, “mudar isso é que seria excepcional”.
“Quase todos os ministros do tribunal já foram ofendidos pelo ex-presidente. Se a suposta animosidade em relação a ele pudesse ser um critério de suspeição, bastaria o réu atacar o tribunal para não poder ser julgado. O ministro Alexandre de Moraes cumpre com empenho e coragem o seu papel, com o apoio do tribunal, e não individualmente.”
Com informações do Portal UOL e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ministros da Primeira Turma vão definir se pedido de abertura de ação penal quanto a 6 acusados deve ser ou não aceito pela Corte. Se recebido, envolvidos no caso vão se tornar réus.
Foto: Gabriela Biló/ESTADÃO CONTEÚDO
A denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados por participação na tentativa de golpe de Estado em 2022 foi apresentada em fevereiro desde ano pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Com base em investigações realizadas pela Polícia Federal — reunidas em um relatório entregue no fim do ano passado — a PGR apresentou ao Supremo cinco pedidos de abertura de ação penal.
No último dia 11, o Supremo abriu uma ação penal contra Jair Bolsonaro e mais sete aliados acusados de tramar para manter o ex-presidente no poder, apesar do resultado das urnas. Este núcleo, chamado de “crucial” está na etapa das prévias.
Nesta semana, os ministros irão julgar o chamado “núcleo 2”, que teria atuado no gerenciamento de ações para o golpe. No total, foram acusadas 34 pessoas, divididas em cinco núcleos.
São elas:
Fernando de Sousa Oliveira, delegado da Polícia Federal (PF) e ex-secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública (SSP); Marcelo Costa Câmara, coronel da reserva e ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro; Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor especial de Assuntos Internacionais de Bolsonaro; Marília Ferreira de Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça na gestão de Anderson Torres; Mário Fernandes, ex-número dois da Secretaria-Geral da Presidência, general da reserva e homem de confiança de Bolsonaro; Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Crimes
O órgão de cúpula do Ministério Público apontou que houve cinco crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito: acontece quando alguém tenta “com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais”. A pena varia de 4 a 8 anos de prisão; golpe de Estado: fica configurado quando uma pessoa tenta “depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído”. A punição é aplicada por prisão, no período de 4 a 12 anos; organização criminosa: quando quatro ou mais pessoas se reúnem, de forma ordenada e com divisão de tarefas, para cometer crimes. Pena de 3 a 8 anos; dano qualificado: destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia, com violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima. Pena de seis meses a três anos; deterioração de patrimônio tombado: destruir, inutilizar ou deteriorar bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial. Pena de um a três anos.
O que disse a PGR
Na denúncia, o procurador-geral Paulo Gustavo Gonet Branco afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) liderou uma organização criminosa que praticou “atos lesivos” contra a ordem democrática e que estava baseada em um “projeto autoritário de poder”.
A acusação apontou que o ex-presidente, junto a Alexandre Ramagem, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, o ex-comandante do Exército Paulo Sérgio Nogueira e o ex-ministro da Casa Civil Walter Souza Braga Netto formaram o “núcleo crucial da organização criminosa”.
Segundo a PGR, “deles partiram as principais decisões e ações de impacto social”, ou seja, a série de ações para tentar impedir a mudança de governo.
O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid também fazia parte desse núcleo – atuava como “porta-voz” de Bolsonaro e transmitia “orientações aos demais membros do grupo”.
De acordo com a PGR, a organização criminosa estava enraizada na própria estrutura do Estado e “com forte influência de setores militares”. Além disso, tinha uma ordem hierárquica e contava com divisão de tarefas preponderantes entre seus integrantes.
Outros pedidos
Além da condenação pelos crimes, a denúncia lista outros pedidos.
Reparação de danos: a PGR pediu que o Supremo condene o grupo a uma indenização por danos, mas não sugeriu um valor.
Este montante só será definido se, ao final de todo o curso do processo, houver a condenação pelo Supremo e os ministros entenderem que a reparação é necessária.
Para ajudar na definição do valor, a PGR pediu que sejam anexados ao processo documentos que comprovam os danos causados pelos atos de 8 de janeiro. Entre eles, relatórios dos estragos feitos por autoridades dos Três Poderes.
Medidas cautelares: o Ministério Público também defendeu que sejam mantidas as medidas cautelares fixadas contra os denunciados.
Para a PGR, as restrições de direitos “permanecem necessárias e adequadas”.
“O conhecimento dos réus acerca das graves imputações que lhes foram feitas reforça a necessidade de se resguardar a ordem pública, a aplicação da lei penal e a higidez da instrução processual”, defendeu Gonet. O ex-presidente Bolsonaro, por exemplo, está com o passaporte apreendido.
Preservação do acordo de delação de Mauro Cid: a PGR solicitou ainda que sejam mantidas as cláusulas do acordo de colaboração firmado com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.
A proposta é manter o acerto até o fim da instrução do processo, momento em que a PGR vai avaliar os benefícios que podem ser aplicados ao Cid, por ter colaborado com as apurações.
Testemunhas: se a denúncia for aceita, a PGR quer ouvir, na fase de instrução o processo, seis testemunhas.
Entre elas, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e os comandantes do Exército e da Aeronáutica à época, Marco Antônio Freire Gomes e Carlos de Almeida Baptista Junior.
Dr. Martsung Alencar, sua esposa e filha, sendo recebidos pelo Papa Francisco
A humanidade perde um gigante, na acepção mais simples e pura da palavra. O Papa Francisco foi um farol na terra, daqueles que iluminam de verdade. Não dividiu ou discriminou. Não julgou com a perversidade do preconceito ou com a violência irracional do radicalismo. Ao contrário, sempre acolheu, buscou unir, incluir e construir a paz! Que ele siga olhando por nós, lá do céu, junto de Jesus, com quem certamente já está, porque Dele deu verdadeiro testemunho, com sua vida. Ele não pregou só por palavras, mas por gestos de amor, humildade e bondade, que ressoam e reverberam muito mais do que qualquer grito ou agressão. Viva o Papa Francisco! E que suas lições encontrem morada, sempre, em nossos corações!
Martsung Alencar, Dr. Mestre e Doutor em Direito. Professor de Direito Constitucional da UFPB. Advogado Parceiro de Alvinho Patriota Advogados Associados.
Incidente ocorreu numa plataforma na Bacia de Campos e demorou quatro horas para ser controlado; escoamento de gás foi interrompido após o acidente
Foto: Pedro Kirilos/PEDRO KIRILOS/ESTADÃO
Cerca de 11 trabalhadores teriam ficado feridos num incêndio com explosão em uma plataforma da Petrobras na manhã desta segunda-feira, 21, segundo informações do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF).
Uma das vítimas precisou ser resgatada pelo mar. O acidente ocorreu na plataforma Cherne 1, conhecida como PCH-1, operada pela Petrobras na Bacia de Campos, no Norte Fluminense. De acordo com informações do sindicato, o trabalhador foi resgatado com vida por uma embarcação local, apresentando queimaduras, mas consciente.
Os feridos foram encaminhados para uma unidade de emergência em saúde em Macaé. De acordo com o sindicato, a própria petroleira teria comunicado sobre o acidente ocorrido às 7h25 e que foi controlado por volta das 11h25.
“O escoamento de gás foi interrompido, as comunicações da plataforma caíram e embarcações de emergência foram acionadas”, publicou o Sindipetro-NF, em uma rede social.
O incêndio já teria sido debelado por dois barcos de combate ao fogo, e todos demais mais de 170 trabalhadores da plataforma estariam em segurança.
Presidente destacou a atuação do Papa em favor dos pobres e refugiados
Foto: Ricardo Stuckert/PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou nesta segunda-feira (21) luto oficial de sete dias em homenagem ao papa Francisco. Por meio de nota, o presidente destacou o legado do pontífice argentino Jorge Mario Bergoglio e lamentou profundamente a perda de uma “voz de respeito e acolhimento ao próximo”.
Lula ressaltou que Francisco viveu e propagou valores como o amor, a tolerância e a solidariedade.
“Assim como ensinado na oração de São Francisco de Assis, o Papa buscou de forma incansável levar o amor onde existia o ódio. A união, onde havia a discórdia”, disse.
O presidente também destacou a atuação do papa em temas centrais da agenda social e ambiental global. Segundo ele, com simplicidade, coragem e empatia, Francisco levou ao Vaticano o debate sobre as mudanças climáticas e denunciou modelos econômicos geradores de injustiças e desigualdades.
“Ele sempre se colocou ao lado daqueles que mais precisam: os pobres, os refugiados, os jovens, os idosos e as vítimas das guerras e de todas as formas de preconceito”, afirmou Lula.
O presidente lembrou ainda os encontros que teve com o papa, ao lado da primeira-dama Janja da Silva, como momentos de carinho e partilha de ideais comuns. “Pudemos compartilhar nossos ideais de paz, igualdade e justiça. Ideais de que o mundo sempre precisou. E sempre precisará”, disse.
Ao finalizar a nota, o presidente desejou consolo a todos que sofrem com a perda do líder religioso. “O Santo Padre se vai, mas suas mensagens seguirão gravadas em nossos corações”, concluiu.
Ontem, domingo de Páscoa (20), na véspera de sua morte, o Papa Francisco realizou o que agora se sabe ter sido seu último gesto público. Da sacada da Basílica de São Pedro, ele proferiu a tradicional bênção Urbi et Orbi, falando sobre paz, solidariedade e esperança.
Foto: Reprodução
“Irmãos e irmãs, boa noite!
Vocês sabem que o dever do Conclave era dar um Bispo a Roma. Parece que os meus irmãos cardeais foram buscá-lo quase ao fim do mundo? Eis-me aqui! Agradeço-vos o acolhimento: a comunidade diocesana de Roma tem o seu Bispo. Obrigado! E, antes de mais nada, quero fazer uma oração pelo nosso Bispo emérito Bento XVI. Rezemos todos juntos por ele, para que o Senhor o abençoe e Nossa Senhora o guarde.
[O papa recitou junto dos fiéis presentes na Praça São Pedro o Pai-Nosso, a Ave Maria e o Glória ao Pai]
E agora iniciamos este caminho, Bispo e povo… este caminho da Igreja de Roma, que é aquela que preside a todas as igrejas na caridade. Um caminho de fraternidade, de amor, de confiança entre nós. Rezemos sempre uns pelos outros. Rezemos por todo o mundo, para que haja uma grande fraternidade. Espero que este caminho de Igreja, que hoje começamos e no qual me ajudará o meu Cardeal Vigário, aqui presente, seja frutuoso para a evangelização desta cidade tão bela!
E agora quero dar a bênção, mas antes… antes, peço-vos um favor: antes de o Bispo abençoar o povo, peço-vos que rezeis ao Senhor para que me abençoe a mim; é a oração do povo, pedindo a Bênção para o seu Bispo. Façamos em silêncio esta oração vossa por mim.
Agora dar-vos-ei a Bênção, a vós e a todo o mundo, a todos os homens e mulheres de boa vontade.
[bênção]
Irmãos e irmãs, tenho de vos deixar. Muito obrigado pelo acolhimento! Rezai por mim e até breve! Ver-nos-emos em breve: amanhã quero ir rezar aos pés de Nossa Senhora, para que guarde Roma inteira. Boa noite e bom descanso!”
O Papa pediu explicitamente que alguns ritos do funeral papal fossem simplificados para refletir melhor a fé da Igreja em Cristo Ressuscitado
Papa Francisco
O funeral do Papa Francisco, falecido aos 88 anos nesta segunda-feira (27), será um marco na história da Igreja Católica. Diferentemente dos rituais tradicionalmente realizados para seus antecessores, o pontífice argentino, que durante seu papado se destacou pela simplicidade e proximidade com os mais pobres, aprovou mudanças significativas no protocolo das exéquias papais. As alterações visam enfatizar sua condição de “fiel cristão” em detrimento do estatuto de chefe da Igreja, reforçando a mensagem evangélica de humildade.
Jorge Mario Bergoglio, nome de batismo do Papa que escolheu ser conhecido como Francisco em homenagem a São Francisco de Assis, eliminou exigências históricas até então consideradas imutáveis. Entre elas está a tradição de enterrar os pontífices em três caixões — de cipreste, chumbo e carvalho —, optando por apenas um caixão de madeira com interior revestido de zinco. A decisão simboliza uma ruptura com o simbolismo de poder associado ao cargo papal.
As novas diretrizes foram instituídas em 2024, quando Francisco aprovou uma segunda edição do livro litúrgico Ordo Exsequiarum Romani Pontificis, publicado originalmente em 1998 sob o pontificado de João Paulo II. Segundo o arcebispo Diego Ravelli, mestre das celebrações litúrgicas do Vaticano, o Papa pediu explicitamente que alguns ritos fossem simplificados para refletir melhor “a fé da Igreja em Cristo Ressuscitado”.
“O rito renovado deve sublinhar ainda mais que o funeral do romano pontífice é o de um pastor e discípulo de Cristo, e não o de um homem poderoso deste mundo”, explicou Ravelli em entrevista ao portal oficial do Vaticano no final de 2024.
Mudanças Práticas nos Ritos Fúnebres
Embora as exéquias mantenham as três etapas clássicas — da residência do Papa falecido à Basílica de São Pedro e, finalmente, ao local da sepultura —, há detalhes importantes nas novas normas. A verificação oficial da morte, por exemplo, agora ocorrerá na capela privada do pontífice, em vez de seu quarto. Após essa cerimônia íntima, o corpo será colocado diretamente no único caixão de madeira e transportado para a Basílica de São Pedro, onde ficará exposto para o velório.
Outra mudança relevante é o local do enterro. Enquanto a maioria dos papas foi sepultada nas Grutas do Vaticano, abaixo da Basílica de São Pedro, Francisco optou por ser enterrado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma. Este gesto reitera sua preferência por locais menos ostensivos e mais próximos ao povo.
Comparação com Funerais Anteriores
Papa João Paulo II
Os funerais de João Paulo II, realizados em 2005, seguiram o modelo tradicional ao pé da letra. Após sua morte em 2 de abril, seu corpo foi exposto na Basílica de São Pedro por quatro dias, atraindo milhares de fiéis. Cerca de um milhão de pessoas compareceram à missa fúnebre celebrada no adro da basílica, incluindo líderes mundiais como o então presidente de Portugal, Jorge Sampaio. O corpo de João Paulo II foi colocado em três caixões antes de ser sepultado sob uma lápide com inscrições em latim.
Papa Emérito Bento XVI
Já Bento XVI, que renunciou ao papado em 2013, teve um funeral mais discreto, adequado à sua condição inédita de “papa emérito”. Embora tenha seguido o protocolo geral, suas exéquias foram marcadas por uma atmosfera de maior intimidade.
Legado de Humildade
A morte de Francisco foi anunciada pelo cardeal Kevin Farrell, prefeito da Secretaria para os Leigos, a Família e a Vida. O pontífice, que enfrentava problemas de saúde relacionados a uma pneumonia bilateral, deixou um legado marcado pela defesa dos marginalizados e pela busca por uma Igreja mais acessível e inclusiva.
Com a reforma das exéquias papais, Francisco garantiu que seu funeral seja coerente com os valores que pregou durante seu pontificado. Ao descartar símbolos de opulência e priorizar a simplicidade, ele reafirma sua convicção de que o papel de um Papa é, acima de tudo, servir como pastor e testemunha da fé cristã.
O presidente Lula (PT) lamentou a morte do Papa Francisco, aos 88 anos, e lembrou os feitos do pontífice. Jorge Mario Bergoglio morreu hoje após enfrentar um quadro respiratório grave.
Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República
Lula afirmou, em nota, que o Papa buscou de forma incansável “levar o amor onde existia o ódio” e trouxe o tema das mudanças climáticas ao Vaticano. “Criticou vigorosamente os modelos econômicos que levaram a humanidade a produzir tantas injustiças. Mostrou que esse mesmo modelo é que gera desigualdade entre países e pessoas. E sempre se colocou ao lado daqueles que mais precisam: os pobres, os refugiados, os jovens, os idosos e as vítimas das guerras e de todas as formas de preconceito”, diz o presidente.
“A humanidade perde hoje uma voz de respeito e acolhimento ao próximo. O Papa Francisco viveu e propagou em seu dia a dia o amor, a tolerância e a solidariedade que são a base dos ensinamentos cristãos.”
Lula e a primeira-dama Janja encontraram o Papa em algumas ocasiões. “Nas vezes em que eu e Janja fomos abençoados com a oportunidade de encontrar o Papa Francisco e sermos recebidos por ele com muito carinho, pudemos compartilhar nossos ideais de paz, igualdade e justiça. Ideais de que o mundo sempre precisou. E sempre precisará”, afirmou.
A morte do Papa foi divulgada pelo Vaticano, mas a causa não foi informada. “Queridos irmãos e irmãs, com profunda tristeza devo anunciar a morte de nosso Santo Padre Francisco. Às 7h35 desta manhã, o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja”, diz o comunicado.
Outras reações
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Papa deixou um “valoroso exemplo de vida”. “O Papa que apontou um caminho para uma sociedade mais tolerante, justa, fraterna e solidária. Deixa um valoroso exemplo de vida”, publicou no X.
O ex-presidente Jair Bolsonaro disse que o Papa foi “mais que um líder religioso”. “Para o Brasil e o mundo, a figura do Papa sempre foi sinal de unidade, esperança e orientação moral. Sua partida nos convida à reflexão e à renovação da fé, lembrando-nos da força da espiritualidade como guia para tempos de incerteza”, publicou no X.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ressaltou os ensinamentos do Papa: “nos ensinou que a fé caminha junto com simplicidade e a esperança. Descanse em paz”, escreveu no X.
Outros políticos e autoridades também manifestaram em suas redes sociais pesar pelo falecimento do Papa Francisco, dentre eles o governador de Minas Gerais, Romeu Zema; o governador do Pará, Helder Barbalho; o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira; o ex-governador de São Paulo e ex-prefeito da capital paulista, João Dória.