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Nota de esclarecimento dos professores da Fachusc

O debate democrático é um princípio que deve nortear toda a vida pública, especialmente quando estão envolvidas Instituições de Ensino Superior. Em uma ótica republicana, isto pressupõe acesso à informação e transparência. Desta forma, esta nota visa esclarecer a sociedade civil, em especial aos graduandos da FACHUSC, os reais motivos que levaram os professores efetivos da FACHUSC a se reunir e reivindicar os seus direitos.

Estamos vivendo um momento de diálogo com a Autarquia Educacional de Salgueiro (AEDS), com profunda indignação pela falta de consideração com os funcionários e de isonomia imputada aos cursos de licenciaturas.

Estes acontecimentos levaram a realização de uma assembleia dos professores efetivos, realizada no dia 07 de março do ano corrente, onde foi apresentado um documento que expressava a nossa tentativa de discussão democrática com a Instituição.

O referido documento solicitava:

· Estabelecimento e cumprimento de calendário de pagamento do salário dos funcionários;

· Humanização e isonomia do tratamento aos professores e alunos dos Cursos de Licenciatura, bem como, na infraestrutura dos prédios anexos em relação à sede da FACHUSC;

· Apoio incondicional aos docentes em face da sua formação continuada;

· Implantação de ações contundentes, com o objetivo de melhorar a qualidade educacional fomentado na instituição os indicadores de excelência almejados por todos que fazem a FACHUSC e exigidos pelo MEC nas avaliações externas;

· Embora tenhamos direito à equiparação salarial, do valor da hora/aula pago ao curso de Bacharelado em Direito, entendemos que a Instituição não possui hoje condições financeiras para arcar com este montante. Assim, solicitamos equiparação proporcional, o que resultaria no valor base da hora/aula correspondente a 12,5% da mensalidade dos Cursos de Licenciatura, mesma proporção paga aos professores contratados para o Curso de Direito.

Em reunião com a comissão de professores, a gestão da AEDS apenas atendeu a solicitação de isonomia quanto ao tratamento dos professores e alunos dos demais cursos de graduação em relação ao curso de Bacharelado em Direito.

A Constituição Federal de 1988 prevê, no artigo 5º, a igualdade de todos perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, sendo vedada a diferenciação arbitrária e absurda, não justificáveis pelos valores da Constituição Federal. O princípio da isonomia encontra-se representado, exemplificativamente, no artigo 7º, inciso XXXII, que versa sobre a igualdade trabalhista.

Com base nisto, negar as demais solicitações é ir de encontro ao arcabouço legal brasileiro e demonstra a ilegalidade da situação agora externada à sociedade através deste documento.

Diferentemente do que a Autarquia de Salgueiro tem nos proporcionado, nós solicitamos que sejamos tratados com seriedade e respeito profissional, para consequentemente proporcionarmos uma sólida formação dos graduandos da FACHUSC.

Em lugar de diferenças, apostamos na definição coletiva de garantia de direitos. Por fim, consideramos que a vida acadêmica deve, no mínimo, respeitar a verdade e nossos propósitos de ação quando docentes visam políticas públicas de educação de qualidade, democrática e de inclusão. Assim, através de um movimento pacífico, estamos abertos ao diálogo para reivindicar os nossos direitos às esferas cabíveis.

Assembleia Geral de Professores Efetivos da FACHUSC

Um comentário sobre “Nota de esclarecimento dos professores da Fachusc

  1. Machado Freire

    É ultrajante e decepcionante uma situação dessa. Isso não cabe mais em um município que está à beira de completar (poderia ser comemorar) o seu sesquicentenário.

    Nossa solidariedade aos professores e funcionários da Fachusc que, na verdade, merecem o devido respeito !