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Moradores se queixam de falta de alarme e mineradora diz que seguiu regra

O diretor-presidente da Samarco, mineradora responsável pelas barragens que se romperam em Mariana (MG), disse que a empresa cumpriu com todas as regras do programa de emergência aprovado pela prefeitura da cidade ao constatar a ruptura das barreiras: avisou a prefeitura, a defesa civil e, segundo ele, telefonou para alguns dos moradores para avisar da iminência da tragédia. 

A falta de um alarme sonoro que pudesse antecipar o aviso à população foi uma queixa constante entre as famílias que ficaram desabrigadas. “Não temos esse aviso. A lei de segurança das barragens é a 12.334 de 2010 e nós a cumprimos integralmente”, disse o coordenador de projetos da empresa, engenheiro Germano Silva Lopes.
Segundo a Samarco, duas barragens se romperam nesta quinta-feira 5. A primeira, barragem do Fundão, tinha 7 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mina. Ela vinha passando por obras de ampliação. A segunda, de Santarém, tinha 55 milhões de litros de água. 
“Por volta das 14 horas, se ouviu um tremor na barragem do Fundão. Foi feita uma vistoria e não foi constatado anormalidade”, disse Lopes. Por volta das 15 horas, porém, houve a ruptura na primeira barragem, que provocou a queda da segunda e o despejo de 62 milhões de toneladas de lama na população de Bento Rodrigues, vilarejo distante 40 minutos do centro de Mariana. Foi quando o plano de telefonemas entrou em ação.
Questionados, os porta-vozes da empresa não souberam dizer quantos telefonemas chegaram a ser dados aos moradores nem o conteúdo da mensagem. O presidente da empresa disse que aquelas eram duas das barragens “mais monitoradas” do Brasil. Além de concreto, os maciços das construções eram feitos com os próprios rejeitos de mina, que haviam passado por processo de capacitação.
Fonte: Agência Estado