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Mentor de estupro coletivo no Piauí é condenado a 100 anos de prisão

Acusado de comandar e participar de um estupro coletivo de quatro adolescentes, Adão José Sousa da Silva, 43 anos, foi condenado a 100 anos e 8 meses de prisão em regime fechado, na madrugada desta quarta-feria (28). O crime aconteceu em maio de 2015, em Castelo do Piauí, a 189 km de Teresina.

Apesar da decisão tomada perto das 4h de hoje pelo Tribunal do Júri, no Fórum da cidade, Silva nega qualquer envolvimento com o crime. O estupro coletivo culminou ainda na morte de uma das vítimas, Danielly Rodrigues Feitosa, 17 anos. As outras três vítimas foram ouvidas durante o julgamento.

O crime ocorreu quando as jovens amigas foram ao Morro do Garrote – um dos pontos turísticos do município – para tirar fotos para um trabalho escolar. Lá, elas foram atacadas por cinco homens. Silva era o único adulto envolvido e, segundo a Justiça, comandou a ação dos outros quatro adolescentes.

Ele foi denunciado pelo Ministério Público pelos crimes de porte ilegal de arma, estupro qualificado, homicídio qualificado, tentativa de homicídio, corrupção de menores e associação criminosa.

Espancamento até a morte e o destino dos demais envolvidos

No mesmo ano do crime, dois meses depois do estupro, o juiz Leonardo Brasileiro, da Comarca de Castelo do Piauí, decidiu pela internação dos quatro adolescentes acusados de agirem junto a Adão. 

Eles foram detidos no Centro Educacional Masculino, em Teresina, para cumprir pena análoga aos seguintes crimes: quatro estupros, três tentativas de homicídio, um homicídio com agravante de feminicídio e associação criminosa.

Na noite do dia 16 de julho, porém, segundo dia de internação no Centro Educacional Masculino, um dos adolescentes, Gleison Vieira da Silva, 17 anos, foi espancado até a morte dentro da cela. De acordo com o laudo liberado pelas autoridades locais, o jovem sofreu traumatismo craniano. 

Gleison havia sido o delator do estupro coletivo. Na época, os demais adolescentes negavam suas participações no crime, o que mudou após a morte de um dos jovens. Pressionados, os outros três confessaram os atos e foram transferidos para o Centro de Internação Provisória (Ceip).

Fonte: Último Segundo