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Médicos defendem transplante fecal contra superbactéria

A ideia pode fazer virar o estômago de muita gente, mas o transplante de bolo fecal de uma pessoa para outra pode ajudar a salvar vidas.

Alguns médicos estão usando o procedimento para ajudar a repovoar intestinos com bactérias benéficas, que podem desaparecer após algumas enfermidades.

Essas bactérias benéficas ajudam a flora intestinal a combater infecções como as causadas pela suberbactéria Clostridium difficile, altamente resistente a antibióticos.

Alisdair MacConnachie, que acredita ser o único médico na Grã-Bretanha a fazer esse tipo de transplante, diz que a eficácia do tratamento é comprovada, mas que ele deve ser usado apenas como último recurso.

A lógica é simples. A infecção por C.difficile pode ser provocada pelo uso de antibióticos, que matam bactérias no intestino. Isso dá às bactérias C.difficile sobreviventes espaço para se reproduzir amplamente e produzir grandes quantidades de toxinas que podem levar à diarreia e provocar a morte.

A solução mais óbvia, a ingestão de mais antibióticos, nem sempre funciona e alguns pacientes desenvolvem infecções crônicas. A teoria é que ao adicionar mais bactérias ao intestino, elas competirão com a C.difficile e controlarão a infecção.

Fonte: BBC Brasil