Outras cinco pessoas foram presas suspeitas de envolvimento com o roubo de 61 armas de quartéis da Polícia Militar no Sertão de Pernambuco. Na última noite, o capitão da PM que teria sido feito refém com a esposa e as filhas já havia sido detido no município de Floresta, suspeito de envolvimento com o crime.
Depois de mais de um mês de investigações, a Polícia Federal (PF) concluiu que o capitão da PM Marcos Vinicius Barros dos Santos (foto 1) forjou o sequestro de que teria sido vítima para possibilitar o roubo de 61 armas dos batalhões de Salgueiro e cidades vizinhas.
Em outubro deste ano, o capitão, que era chefe da inteligência da PM, em Salgueiro, disse que homens encapuzados invadiram a casa dele, fizeram a mulher e a filha reféns, enquanto o obrigaram a recolher as armas nos batalhões. Na Delegacia de Salgueiro, o capitão Marcos Vinicius ajudou na perícia do carro dele, que foi usado para levar as armas. Ele chegou a dar informações para que os peritos fizessem o retrato falado de um bandido que não usava capuz.
Para a polícia, tudo foi forjado e o capitão Marcos Vinicius participou da ação criminosa. As armas roubadas já teriam sido negociadas, possivelmente com uma quadrilha de São Paulo que pratica assaltos a carros-fortes.
Nesta terça-feira (24), os soldados Francisco Ivan Gomes de Barros e Ivanildo Gomes de Barros, que são irmãos, também foram presos no Sertão. Os três estão na Delegacia da Polícia Federal em Salgueiro. No Recife, a polícia prendeu o irmão do capitão, Carlos Henrique Barros dos Santos.
Também foram levados para a sede da PF o casal de contadores Kaline de Queiroz Conceição Nunes e Eduardo Elias Galvão dos Anjos. A polícia ainda não explicou qual a participação deles no esquema.
A movimentação na sede da Polícia Federal foi intensa durante toda a manhã. Como as investigações correm em segredo de Justiça, ninguém da Polícia Federal deu entrevista sobre as prisões.
Fonte: PE 360
Difícil de acreditar. É pouco lucro para alguém com um nível de renda de um Capitão.
Não o conheço pessoalmente, mas conheço sua reputação, principalmente entre os seus colegas de farda.
E o trauma causados à esposa e filha? Que pai-esposo mostruoso seria esse?
Forjar algo dessa natureza por míseros R$ 200 mil? É duvidar da inteligência de profissional que, curiosamente, fazia parte da Inteligência da Polícia Militar.
Seria necessário questionar o seguinte:
1. O que o capitão andava fazendo (ou fez)? Mexeu com alguma pessoa influente?
2. Alguém tem mágoa dele, dentro ou fora da polícia, capaz de fazer algo dessa natureza?
3. A quem interessaria desmoralizar o Capitão?
4. É a própria polícia de Salgueiro quem vai dirigir as investigações? Não seria o caso de submeter o fato ao Conselho Nacional de Segurança Pública?