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Governo quer ligar residência a emprego de médico no SUS

Em nova tentativa de contornar os problemas já previstos na votação do programa Mais Médicos pelo Congresso, o governo quer agora amarrar a obrigatoriedade da residência médica de dois anos no SUS (Sistema Único de Saúde) ao futuro emprego dos profissionais. A ideia é transformar a residência obrigatória em pré-requisito para a contratação de médicos pelo SUS e até mesmo por universidades públicas.

O modelo já é aplicado na Espanha. Apesar das mudanças anunciadas no programa na quarta-feira (31), a presidente Dilma Rousseff sabe que o Congresso enfrentará forte lobby de corporações médicas para barrar a obrigatoriedade da residência. A medida é definida pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) como trabalho forçado para obtenção de mão de obra barata.

É mais uma forma de criar um serviço civil obrigatório, uma pseudoresidência, criticou o presidente do CFM, Roberto dÁvila. Não há como duplicar com qualidade as vagas em apenas quatro anos, quando o País levou 50 para alcançar o número de 12 mil residentes.

Fonte: Estadão Conteúdo