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Gasto com aposentadoria pode bater 16,8% do PIB do país em 2050, diz BID

O gasto público com aposentadoria no Brasil pode alcançar 16,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2050, diante dos 9,1% atuais, apontam projeções de um estudo sobre trabalho e aposentadoria na América Latina e Caribe, divulgado nesta quarta-feira (29) pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) sugerem que o gasto em porcentagem do PIB nos países da América Latina e Caribe aumentará significativamente nas próximas décadas, somente pelo efeito da transição demográfica.

O relatório cita que, embora conte com uma população relativamente jovem, a região enfrenta um rápido envelhecimento. Os aproximadamente 40 milhões de idosos (pessoas com mais de 65 anos) que havia na região em 2010 serão 140 milhões em 2050.

Enquanto em 2010 a porcentagem de adultos com mais de 65 anos representava 6,8% da população, as estimativas mostram que em 2050 essa faixa etária será equivalente a 19,8% do total da região.

“Isso implica que o número de idosos aumentará em 2,6 milhões por ano entre 2010 e 2050. A região passará das 9,6 pessoas em idade ativa para cada idoso em 2010 para 3,2 em 2050.”

“A América Latina e o Caribe reduziram a desigualdade e a pobreza e enfrentarão as próximas décadas com maior otimismo do que no passado. Conforme a região cresce, aparecem novos problemas que os responsáveis pela condução da política econômica devem enfrentar. E oferecer aposentadorias adequadas aos idosos é um desses problemas”, diz o estudo.

O relatório aponta que apenas 40 de cada 100 idosos têm uma aposentadoria contributiva (no sentido de ter contribuído para a previdência por meio de um imposto no holerite), e 20% desfrutam de uma aposentadoria não contributiva (ou, mais corretamente, de uma aposentadoria à qual todos contribuíram por meio de impostos gerais, já que não existe algo como um benefício não contributivo). O resto dos idosos tem de trabalhar até idades muito avançadas ou confiar nas famílias para seu sustento.

Fonte: G1