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Familiares e amigos desmaiam em velório de vítimas do massacre em Realengo

realengoO velório de quatro vítimas do massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na manhã desta sexta-feira, fez com que parentes e amigos passassem mal e várias pessoas chegaram a desmaiar no cemitério Murundu, também em Realengo. Oito médicos precisaram ser chamados às pressas e duas ambulâncias estão no local. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, esteve no cemitério durante 15 minutos e abraçou os pais das crianças. Mais de 200 pessoas estiveram presentes ao cemitério.

As vítimas que estão sendo veladas no local são Bianca Rocha Tavares, de 13 anos, Géssica Guedes Pereira, que não teve a idade divulgada, Laryssa Silva Martins, de 13 anos, e Mariana Rocha de Souza, de 12 anos.

Paes se emocionou ao falar sobre as atitudes que pretende tomar quanto ao local da tragédia. “Ainda vou sentar com a Claudia Costin (secretária de Educação) para conversar sobre a escola. Vamos fazer de tudo para voltar à normalidade”, disse.

O prefeito conversou com a imprensa e chegou às lágrimas ao falar sobre seus filhos de 5 e 6 anos de idade. “Vim abraçar as famílias. Toda a cidade está comovida e precisamos dar carinho a estas pessoas. Mas não há consolo que resolva a dor deles”, afirmou.

O helicóptero da Polícia Civil homenageou as vítimas jogando pétálas de rosas sobre os caixões.

Psicopata mata 12 estudantes em colégio municipal

Manhã de 7 de abril de 2011. São 8h20 de mais um dia que parecia tranquilo na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, Zona Oeste. Mas o psicopata que bate à porta da sala 4 do segundo andar está prestes a mudar a rotina de estudantes e professores, que festejam os 40 anos do colégio. Wellington Menezes de Oliveira, um ex-aluno de 24 anos, entra dizendo que vai dar palestra. Coloca a bolsa em cima da mesa da professora, saca dois revólveres e dá início a um massacre em escola sem precedentes na História do Brasil. Nos minutos seguintes, a atrocidade deixa 12 adolescentes mortos e 12 feridos.

Transtornado, o assassino atacou alunos de duas turmas do 8º ano (1.801 e 1.802), antiga 7ª série. As cenas de terror só terminam com a chegada de três policiais militares. No momento em que remuniciava dois revólveres pela terceira vez, o assassino é surpreendido por um sargento antes de chegar ao terceiro andar da escola. O tiro de fuzil na barriga obriga Wellington a parar. No fim da subida, ele pega uma de suas armas e atira contra a própria cabeça.

Na escola, a situação é de caos. Enquanto crianças correm – algumas se arrastam, feridas -, moradores chegam para prestar socorro. PMs vasculham o prédio, pois havia a informação da presença de outro atirador. São mais cinco minutos de pânico e apreensão. Em seguida, começa o desespero e o horror das famílias.

A notícia se alastra pelo bairro. Parentes correm para a escola em busca de notícias. O motorista de uma Kombi para em solidariedade. Ele parte rumo ao Hospital Albert Schweitzer, no mesmo bairro, com seis crianças na caçamba, quase todas com tiros na cabeça ou tórax.

Wellington, que arrasou com a vida de tantas famílias, era solitário. Segundo parentes, jamais teve amigos e passava os dias na Internet ou lendo livros sobre religião. Naquela mesma escola, entre 1999 e 2002, período em que lá estudou, foi alvo de ‘brincadeiras’ humilhantes de colegas, que chegaram a jogá-lo na lata de lixo do pátio.

A carta encontrada dentro da bolsa do assassino tenta explicar o inexplicável. Fala em pureza, mostra uma incrível raiva das mulheres – dez dos 12 mortos – e pede para ser enrolado num lençol branco que levou para o prédio do massacre. O menino que não falava com ninguém deixou seu recado marcado com sangue de inocentes estudantes de Realengo.

Fonte: O Dia Online

Um comentário sobre “Familiares e amigos desmaiam em velório de vítimas do massacre em Realengo

  1. marcia ferreira da costa

    ESTOU EM ESTADO DE CHOQUE,ESTUDEI NESTA ESCOLA EM 72 NEM SEI O QUE FALAR É LAMENTAVÉL SO´O TEMPO PARA AMENIZAR A DOR DESSAS FAMILIAS E A FÉ EM DEUS,TEMOS QUE ORAR MUITO POR ESSES ANJOS QUE ESSE MONSTRO TIROU DE SUAS FAMILIAS. É COM IMENSA TRISTEZA QUE ESTOU ESCREVENDO NÃO TENHO MAIS PALAVRAS MEUS SENTIMENTOS A TODOS OS FAMILIARES DESSES ANJOS QUE COM CERTEZA JÁ ESTAÕ NO CÉU JUNTO DE DEUS OLHANDO E CONFORTANDO SEUS PAIS E FAMILIARES, TENHAM FÉ POIS ELES VÃO ESTAR SEMPRE VIVOS EM CADA CORAÇÃO DE VOCÊS, UM ABRAÇO COM TODO MEU CARINHO FIQUEM COM DEUS.