A União Europeia e os Estados Unidos condenaram nesta quinta-feira a tentativa de organizar um referendo na Crimeia, uma república autônoma da Ucrânia, para decidir se a região passará a fazer parte da Rússia.
Durante um encontro emergencial em Bruxelas, diplomatas afirmaram que a proposta é “ilegal” e disseram que Moscou pode enfrentar “sérias consequências” se não agir para minimizar a crise na região.
De acordo com os parlamentares da Crimeia, se o pedido for aceito pelas autoridades de Moscou – que ainda não se pronunciaram -, a separação da Ucrânia será colocada em votação no dia 16 de março.
A decisão de votar a questão também foi criticada pelo governo ucraniano.
A Crimeia, cuja maioria da população é russa ou de origem russa, está no centro da tensão entre Moscou e Kiev. Tropas pró-Rússia mantém o controle sobre a península há vários dias.
Merkel e Obama
Membros da União Europeia, liderados pela Alemanha, já haviam indicado que preferiam uma mediação da Rússia para tentar resolver a crise, ao invés de se tomar medidas mais duras.
No entanto, correspondentes da BBC na região afirmam que a manobra dos parlamentares da Crimeia fortaleceu a estratégia tomada pelo bloco europeu.
A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que o referendo era contrário à Constituição ucraniana e, portanto, ilegal.
O presidente americano, Barack Obama, seguiu a mesma linha, dizendo que o referendo “viola a Constituição ucraniana e a legislação internacional.”
Fonte: BBC