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Encontradas 20 das 61 armas roubadas de Batalhões da PM

Vinte armas que teriam sido roubadas há dois meses de batalhões da Polícia Militar no interior de Pernambuco foram encontradas na noite de ontem em Salgueiro, Sertão do Estado. Os armamentos estavam dentro de uma caminhonete, abandonada em uma estrada. O material foi levado para o batalhão da PM em Ouricuri.

De acordo com a Polícia Federal, o maior roubo de armas realizado no estado, em 13 de outubro passado, foi premeditado pelo capitão Marcos Barros dos Santos, que era chefe do Serviço de Inteligência em Salgueiro e que está preso. Pouco mais de um mês após o ocorrido, o capitão, com 22 anos de serviços prestados à Polícia Militar, teve a prisão preventiva decretada e passou de vítima a algoz. Depois de dizer que tinha sido feito refém pelos bandidos e obrigado e recolher armas de diversos batalhões, ele agora é suspeito de ter participado e articulado toda a trama que resultou no desaparecimento de 61 armas de alto poder de fogo em unidades militares de Parnamirim, Terra Nova, Serrita, Verdejante e Salgueiro, todas no Sertão. Na época, o crime chamou a atenção pela crueldade com a família do capitão e a ousadia. A mulher dele e a filha de 13 anos foram feitas reféns enquanto ele recolhia as armas, junto com os supostos assaltantes, de cinco destacamentos um dia antes de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciar uma viagem pela região sertaneja do estado.

A prisão de Marcos Vinícius acarretou na preventiva de mais cinco pessoas por determinação da 2ª Vara da Comarca de Salgueiro, onde o capitão mora com a família. Os demais suspeitos são: Carlos Henrique Barros dos Santos, irmão do capitão, os soldados e também irmãos Francisco Ivan Gomes de Barros e Ivanildo Gomes de Barros, além do casal de contadores Eduardo Elias Galvão dos Anjos e Kalime de Queiroz Conceição Nunes. Todos sem idades reveladas.

Os suspeitos estão sendo investigados por participar do assalto que provocou um prejuízo de cerca de R$ 250 mil aos cofres públicos do estado – valor estimado das armas que teriam sido vendidas a traficantes de São Paulo. Marcos Vinícius era chefe do setor de inteligência do 8º Batalhão da Polícia Militar, localizado no Sertão Central. Os dois soldados também pertenciam ao mesmo batalhão e teriam ajudado o oficial a levar as armas de cinco unidades da PM no interior. Ainda não se sabe, com detalhes, qual seria a participação do irmão do capitão e dos contadores. Fontes da Justiça, contudo, informam haver provas materiais suficientes que vinculam todos ao mesmo crime.

Todas as informações, contudo, ainda são extraoficiais e foram divulgadas por fontes da Justiça e por policiais logo após a prisão de Marcos Vinícius. Em outubro passado, o capitão contou ter sido rendido em casa com a família, no bairro de Nova Olinda, em Salgueiro, e teria sido obrigado por quatro homens a usar sua influência na PM para pegar todas as armas disponíveis das cinco unidades militares. Só assim, contou o capitão há mais de um mês, a mulher e a filha dele seriam liberadas com vida. Ambas foram amarradas com fitas adesivas na boca, pernas, braços e tronco das 22h15 do dia 13 de outubro às 4h do dia seguinte, aproximadamente.

Fonte: Diário de Pernambuco

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