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Economia brasileira cresce 1,5% no segundo trimestre

A economia brasileira cresceu 1,5% no segundo trimestre do ano em comparação com o primeiro e 3,3% em relação ao mesmo período de 2012, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números demonstram uma recuperação frente ao primeiro trimestre, quando a produção do país cresceu apenas 0,6% em relação aos três meses anteriores e 1,9% ante o primeiro trimestre de 2012. De acordo com os cálculos do IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) acumulou um crescimento de 2,6% no primeiro semestre frente aos seis primeiros meses de 2012. De julho de 2012 até junho de 2013 o crescimento foi de 1,9% em comparação com os 12 meses anteriores.

A expansão entre o primeiro e o segundo trimestre ficou no teto das previsões dos economistas, que esperavam um crescimento para o período entre 0,7% e 1,5%. A taxa de crescimento foi a maior para um trimestre em comparação com o trimestre imediatamente anterior desde os três primeiros meses de 2010, quando a economia se expandiu 2% frente aos últimos três meses de 2009. Os resultados divulgados são compatíveis com as novas projeções tanto do governo como do Banco Central, que esperam para este ano um crescimento de 2,5% e 2,7% respectivamente.

Os analistas do mercado financeiro são menos otimistas e preveem uma expansão de 2,2% para 2013. Os dados permitem prever que a economia brasileira registrará uma ligeira recuperação em 2013 depois da desaceleração dos dois últimos anos. Após uma expansão de 7,5% em 2010, o crescimento da economia foi de 2,7% em 2011 e de 0,9% no ano passado. Segundo o IBGE, o crescimento econômico no segundo trimestre foi impulsionado principalmente pelo setor agropecuário, cuja produção subiu 3,9%, embora também houve expansão na indústria (2%) e serviços (0,8%).

O setor agropecuário também foi o principal motor do crescimento em comparação com o segundo trimestre do ano passado e registrou uma forte expansão de 13%, porcentagem muito superior à alta da indústria (2,8%) e dos serviços (2,4%). Pelas despesas, o crescimento do segundo trimestre frente ao primeiro foi impulsionado principalmente pelo consumo do governo, que cresceu 0,5%, enquanto o gasto das famílias só se expandiu 0,3%. As exportações cresceram 6,9% apesar da crise econômica internacional, enquanto as importações aumentaram apenas 0,6% devido à desvalorização do real frente ao dólar, o que encarece os produtos do exterior. Segundo o governo, o resultado mais destacado do trimestre foi o crescimento do investimento produtivO de 3,6% frente ao primeiro trimestre do ano e de 9% na comparação com o mesmo período do ano passado.

“Após registrar queda nos quatro trimestres de 2012, a formação bruta de capital fixo já apresenta o seu segundo resultado positivo consecutivo”, segundo o relatório do IBGE. A taxa de investimento alcançou no segundo trimestre o equivalente a 18,6% do PIB, acima do 17,9% medido no primeiro trimestre. Muitos economistas alertaram sobre o esgotamento do modelo de crescimento brasileiro nos últimos anos, baseado principalmente na expansão do consumo das famílias pelo aumento da renda e do crédito, e sobre a necessidade de um novo paradigma que tenha como prioridade o aumento do investimento.

Fonte: Agência EFE