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É preciso explicar as infelizes coincidências…

Primeiro começo o comentário dizendo que tenho Deus no coração e que não acredito em feitiçaria, umbanda e coisas do tipo. Aliás, tenho a convicção de que macumba, urucubaca, xangô, feitiçaria e essas coisas aí só ‘pegam’ em quem não tem Deus no coração, o que não é o meu caso.

Esta campanha na Paraíba ficará marcada, queiram ou não, pelas questões religiosas. Os leitores que acompanham meus comentários são uma prova de que evitei, ao máximo, tecer comentários sobre todas estas informações que nos chegam, a cada dia, sobre possível envolvimento do candidato Ricardo Coutinho com as tais ‘forças ocultas’.

Outro dia escrevi sobre a ligação destas tais forças com Hitler, sem, no entanto, citar o nome de Ricardo. Tinha o receio de estar cometendo uma injustiça com ele. Afinal, é duro para um cristão crer que haja, por trás de um homem público que foi vereador, deputado estadual, prefeito da cidade de João Pessoa por dois mandatos – como, aliás, ele sempre se apresenta – se envolver com este tipo de coisa.

E, mesmo tendo a decisão de escrever sobre isto, meio que a contragosto, gostaria que os leitores, acostumados a ver, aqui, análises políticas, não fossem obrigados a ver novamente tudo aquilo que é posto atualmente sobre Ricardo Coutinho e suas opções religiosas. Sem fazer retrospecto, digo que me veio a obrigação de, até certo ponto, ajudar o próprio Ricardo em sua campanha.

A decisão de fazer alguns questionamentos começou quando o próprio Ricardo utilizou quase que a totalidade de um guia eleitoral da TV para se explicar sobre tais insinuações. Depois, ao observar a semelhança de seus bonecos, usados como adesivo em carros Paraíba afora, com o tal ‘Caboclo Girassol’. Mas ainda resisti. A gota d’água foi ler, no Blog do tão bem informado Dércio Alcântara, sobre o número usado por Ricardo em sua candidatura a deputado estadual: 13.666 (13 o número do partido pelo qual disputava o cargo, à época, o PT; e 666…).

Vi Ricardo ir à TV e dizer que era cristão, Católico, tinha crença em Deus e coisas do tipo. Mas acho que não foi o suficiente. Formei-me jornalista aprendendo que a gente tem que questionar o que o povo quer saber. E aqui, Ricardo, passo a dar a minha contribuição para que você, de forma definitiva, tire a dúvida de milhares de paraibanos sobre o que se publica atualmente a seu respeito.

Os questionamentos que vejo na rua e que repasso a você agora – já que ainda não vi ninguém colocá-los publicamente – são os seguintes:

1.º) Você diz que não existem estátuas de culto às tais ‘forças ocultas’, mas a verdade é que as estátuas estão lá, para quem quiser ver. Eu mesmo as vi esta semana e minha filha pediu para fotografá-las, pois na escola onde ela estuda, em Campina Grande, as amigas duvidavam da existência do tal ‘Cavalo do Cão’, ‘Porteiro do Inferno’, ‘Infeliz das Costas Ocas’, ‘Derrubada dos Anjos Celestes’ e outras. É de se perguntar: se as estátuas existem, o que elas querem dizer, realmente?

2.º) Porque a semelhança entre o tal ‘Caboclo Girassol’ e os seus adesivos? Porque o caboclo segura o Girassol sobre o peito e acima da cabeça, da mesma forma como o seu boneco faz com o Girassol nos adesivos distribuídos pelo seu pessoal?

3.º) Porque o seu número de disputa da candidatura a deputado estadual foi 13.666?

4.º) Porque a tal ‘Mãe Renilda’ é cargo comissionado na Prefeitura de João Pessoa?

5.º) Porque a última estátua que você mandou construir em João Pessoa fica em uma encruzilhada de sete ruas e tem quatro pombas de cabeça para baixo, em um girador?

6.º) Porque, quando eleito prefeito de João Pessoa, ao invés de convidar um padre ou pastor para abençoar o mandato, como fazem normalmente os gestores, a convidada foi a tal de ‘Mãe Renilda’?

7.º) Porque aquela estátua da Lagoa tem sete cabeças (número cabalístico muito presente na Umbanda)?

8.º) Porque na base desta estátua existe uma figura de chifres, muito parecida com o capeta?

9.º) Porque esta mesma estatua tem tridentes, que representam, também, o próprio?

10.º) Porque o Girassol, um elemento tão presente na Umbanda (existe até um tal ‘Caboclo Girassol’ e um toque de candomblé específico para o culto ao tal caboclo’) é usado em sua campanha (neste caso, não entendo qualquer ligação do Girassol com a sua campanha, como, por exemplo, há ligação do tucano com o PSDB)?

Claro que tudo isso pode ser, simplesmente, fruto da imaginação fértil das pessoas. Mas que há coincidências, há. E muitas, como relatamos.

Com sinceridade, digo que não há nada demais em você, Ricardo, explicar todas elas. Para o bem da Paraíba e para a felicidade do Povo de Deus. Taí a oportunidade de passar tudo a limpo…

Fonte: Carlos Magno

2 comentários sobre “É preciso explicar as infelizes coincidências…

  1. Carlos Renato

    Há algo de podre no Reino da Dinamarca. É estarrecedora a falta de escrúpulo de alguns grupos políticos. Até as celebrações dominicais viraram atos políticos onde algumas figuras sofismáticas usam os altares como palanques. Não é novidade para mim pois, lembro-me de um certo indivíduo (que não falta nenhuma Missa aos domingos) ao vencer a eleição de 2008, foi soltar rojões de alto poder de explosão na porta de um conhecido dono de banda e ex-correligionário em companhia de outro “grande religioso” comerciante explorador da fé verdadeira. É aquela velha história do “faça o que eu digo mas não faça o que eu faço”.