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Dólar comercial salta 5% e fecha acima de R$ 5 pela primeira vez

A piora do sentimento de risco global, intensificada aqui pelo mal-estar com os embates políticos entre o presidente Jair Bolsonaro e representantes do Congresso, fizeram o dólar registrar nesta segunda-feira a maior alta diária desde o dia que ficou conhecido nos mercados como “Joesley Day”.

No encerramento dos negócios, a moeda americana foi negociada em alta de 5,16%, aos R$ 5,0612. Esta é a primeira vez que o dólar encerra acima do patamar psicológico de R$ 5,00 e também é o maior ganho em um único pregão desde os 8,06% registrados em 17 de maio de 2017.

Com isso, o real também encerrou o dia como a moeda de maior desvalorização, acima do peso mexicano, contra o dólar avançava 4,99% no horário de fechamento.

A escalada da moeda americana foi paulatina ao desde o início da tarde, mas acabou intensificada nas últimas horas de negociação, que coincidram com uma piora no exterior. Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump admitiu que a pandemia do novo coronavírus pode durar meses e inclusive levar o país à recessão.

Em um sinal de que o pânico pode ter sido pontual, por outro lado, o contrato do dólar para abril, o mais negociado, desacelerou a alta e avançava 3,76%, aos R$ 4,0155, por volta das 17h30.

Além do cenário desafiador, participantes de mercado também atribuem à performance da moeda de hoje ao comportamento do presidente Jair Bolsonaro no fim de semana e a piora das relações com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

Fonte: Valor Econômico