Das cinco pessoas que morreram nas últimas rebeliões no Complexo do Curado (1 PM e 4 reeducandos), o Centro de Apoio a Vítimas de Violência, CEAV, vinculado a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, realizouatendimento psicossocial e jurídico aos familiares, esposa, filhos e mães de três deles: o PM Carlos Silveira, e os reeducandos David Bezerra e Edvaldo Barros, bem como tem acompanhado e encaminhado as demandas.
Já a família do reeducando Mário Antônio Da Silva não quis acompanhamento do CEAV, mesmo a equipe realizando toda a sensibilização necessária. A família do reeducando Paulo da Silva Tavares estará recebendo a visita da equipe nesta quinta (12.02) em seu domicílio.
No caso do PM assassinado durante a rebelião, a coordenadora do CEAV – Tadzia Negromonte entrou em contato com o Coronel Pereira, se colocando a disposição da corporação, inclusive encaminhando relatório circunstanciado do atendimento. Ela contatou ainda o Centro de Assistência Social do Comando da Polícia Militar, para que algumas demandas de saúde da família fossem agilizadas, bem como a papelada para que a viúva desse entrada nos tramites para recebimento da pensão por morte.
A coordenação ainda conversou com o Coronel Vespaziano, secretário da SERES, durante reunião do Pacto Pela Vida. Este se colocou a disposição para qualquer esclarecimento ou outras necessidades relacionadas aos reeducandos. Vale ressaltar que o Centro também está prestando assistência aos familiares do PM assassinado na CEASA, Amauri Celestino, no dia 22 do mês passado.
O Centro Estadual de Apoio às Vítimas da Violência de Pernambuco (CEAV/PE) é umas das ações que compõe a política de Direitos Humanos. Programa que integra o Sistema Estadual de Proteção à Pessoa (SEPP).
O serviço faz parte da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos e fica localizado na sede da Secretaria Executiva de Direitos Humanos, Rua Benfica, 133. Madalena. Tem como principal missão garantir a integridade dos direitos de vítimas de crimes e de seus familiares; dos familiares de vítimas dos Crimes Violentos Letais Intencionais – CVLI e dos anistiados políticos e seus familiares, através da Clínica do Testemunho em parceria com a Comissão da Anistia.
Um dos aspectos mais importantes deste serviço é o seu caráter preventivo. Ao favorecer alternativas para a vivência do luto violento, reduzindo seus efeitos traumáticos. O atendimento busca contribuir para o rompimento de ciclos e códigos da violência existentes em muitas das famílias e comunidades atendidas, bem como a reestruturação e reorganização dessas famílias.
