A despeito do empenho em aprovar, no ano passado, a arrecadação eleitoral pela internet, hoje os envolvidos com as principais candidaturas presidenciais não têm esperança de que as doações online façam a diferença em 2010. O entendimento nas campanhas de Dilma Rousseff (PT) e de José Serra (PSDB) é de que, se o dinheiro arrecadado pela web conseguir cobrir as despesas com os sites dos candidatos, “já estará bom demais”.
A descrença intensificou-se na semana passada, quando foi divulgado que o PV (da pré-candidata Marina Silva) conseguiu arrecadar apenas R$ 2,5 mil por meio de seu site. De acordo com resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apenas pessoas físicas podem doar via internet. Vem em grande parte desta decisão o desânimo com a arrecadação online. Petistas e tucanos avaliam que o Brasil é um país sem tradição de doação por pessoa física, o que deverá fazer com que a arrecadação na web beire o insignificante. “O envolvimento dos candidatos com a internet é muito mais uma questão de presença de mídia”, afirma um dos envolvidos na pré-campanha de Serra.
Os partidos duvidam que as doações pela internet tenham impacto até mesmo nas campanhas para o legislativo. A tese é de que, se a corrida presidencial não mobilizar o eleitor a doar, dificilmente um candidato a deputado conseguirá fazê-lo. Acredita-se que, nas próximas eleições, deverá aumentar a importância das doações online. Este, porém, seria um processo lento e que estaria apenas começando.
Fonte: AE