27 de outubro de 2024

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‘Lutar contra a democracia é crime’, diz Cármen Lúcia sobre anistia dos presos do 8 de Janeiro

A ministra Cármen Lúcia, do  Supremo Tribunal Federal (STF), disse em entrevista à CNN Brasil que lutar ou atuar contra a democracia é crime no Brasil e quem tem envolvimento com o ataque aos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023 deve “responder exatamente nos termos da lei”.

“Isto aqui é um Estado democrático de Direito, o Estado de Direito é aquele no qual governantes e governados se submetem igualmente ao Direito. Vandalismo, destruir instituições públicas, prédios públicos, tudo isso é crime, lutar contra a democracia ou atuar contra a democracia é crime no caso brasileiro. No Estado de Direito, responde(-se) pelo crime praticado”, afirmou a magistrada.

A declaração da ministra é uma resposta à deputada bolsonarista Caroline de Toni (PL-SC), presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, que pautou para a próxima semana a análise do projeto de lei que anistia os investigados pela tentativa de golpe.

Essa será a segunda vez que o projeto é pautado no colegiado. Na primeira tentativa de apreciar a proposta, no mês passado, uma manobra da base governista impediu que a oposição conseguisse reunir os votos necessários.

A nova versão do texto, relatado pelo deputado Rodrigo Valadares (União-SE), contém brechas que podem beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O relatório também prevê que as investigações sobre os ataques golpistas deixem o gabinete de Alexandre de Moraes no  STF.

O projeto pretende anistiar todos os participantes das manifestações em defesa do golpe, inclusive aqueles que “as apoiaram, por quaisquer meios, inclusive contribuições, doações, apoio logístico ou prestação de serviços e publicações em mídias sociais e plataformas”.

Além disso, a proposta afeta “todos que participaram de eventos subsequentes ou eventos anteriores aos fatos acontecidos em 08 de janeiro de 2023, desde que mantenham correlação com os eventos acima citados”.

Se for aprovada, a lei tornará imunes a punições os financiadores da invasão aos prédios dos Três Poderes e os agitadores que insuflaram a multidão golpista por meio das redes sociais. Aliados de Bolsonaro e o próprio ex-presidente são investigados pelo STF por apoiarem as manifestações, que terminaram em vandalismo e destruição do patrimônio público.

Fonte: Estadão

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Mega-Sena acumula de novo e prêmio chega a R$ 95 milhões; veja os números

Ninguém acertou as seis dezenas sorteadas ontem no concurso 2790 da Mega-Sena. Os números sorteados foram 29-32-40-42-49-58.

O próximo concurso será realizado na terça, com prêmio estimado de R$ 95 milhões.

85 apostas acertaram cinco dezenas e ganharam R$ 58.927,35.

Houve 6.127 jogos vencedores com quatro números; cada um deles fatura R$ 1.167,85.

Como faço para participar do próximo sorteio da Mega-Sena?

Você precisa fazer uma aposta de seis a 20 números nas lotéricas credenciais pela Caixa, ou no site especial de loterias do banco. Participam do próximo concurso todas as apostas registradas até 19h do dia do sorteio.

Quanto custa apostar na Mega-Sena?

Depende de quantos números você pretende colocar no jogo. A aposta mínima custa R$ 5, e você tem direito de escolher seis dezenas de 1 a 60. Se quiser colocar um número a mais para aumentar as chances de acerto, o preço do jogo sobe para R$ 35.

Fonte: UOL

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Ansiedade: 6 exercícios para extrair algo positivo da ‘emoção incompreendida’, segundo neurocientista

É difícil imaginar a ansiedade como algo positivo. O que há de tão bom em se sentir nervoso, preocupado, com apertos no peito? No Brasil, estima-se que cerca de 18 milhões de pessoas tenham distúrbios de ansiedade, doença que atrapalha relacionamentos, desempenho profissional e o bem-estar físico e emocional do indivíduo.

Mas para Wendy Suzuki, neurocientista e professora do Centro de Ciências Neurais da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, a ansiedade pode ser uma boa emoção.

Em vez de lutar contra ela, Suzuki diz que ao longo de sua vida usou essa emoção para ser mais produtiva, mais otimista e, no final das contas, mais resistente.

A pesquisadora, autora do livro Ansiedade do bem: Explorando o Poder da Mais Incompreendida das Emoções (editora Alta Life, 2023), especializou-se no estudo da plasticidade do cérebro e nos efeitos transformadores do exercício físico na saúde mental e no desenvolvimento cognitivo.

“A boa ansiedade refere-se ao fato de que, de uma perspectiva evolutiva, a ansiedade foi projetada para nos proteger dos perigos deste mundo”, disse Suzuki à BBC News Mundo, serviço da BBC em espanhol.

O problema, segundo Suzuki, é que temos níveis “muito altos” de ansiedade coletiva, o que faz com que essa ansiedade perca muito de seu valor.

“Para voltar às funções protetoras benéficas de nossa ansiedade”, diz a especialista, “precisamos aprender a diminuir o volume de nossa ansiedade, explorar o que esses sentimentos desconfortáveis ​​associados à nossa ansiedade nos dizem sobre nós mesmos e, ao fazer isso, aprender mais sobre nós, sobre nossos sentimentos e nossas vidas emocionais.”

Em um artigo no portal Make it, da rede americana CNBC, Suzuki afirma que “a maneira mais poderosa de combater a ansiedade é trabalhar constantemente para desenvolver resiliência e força mental”.

Para atingir esse objetivo, a neurocientista pratica esses seis exercícios diariamente e os explica com suas próprias palavras.

1. Transforme a ansiedade em progresso

A plasticidade de nossos cérebros é o que nos permite ser resilientes em tempos difíceis: aprender a se acalmar, reavaliar situações, reformular nossos pensamentos e tomar decisões mais inteligentes.

É mais fácil tirar proveito disso quando nos lembramos de que a ansiedade nem sempre precisa ser ruim. Analise as proposições abaixo:

A raiva pode bloquear sua atenção e capacidade de desempenho, ou pode impulsionar e motivar você. Mas a raiva aguça sua atenção e serve como um lembrete do que é importante.

O medo pode desencadear memórias de fracassos anteriores. Quando isso acontece, desvia a sua atenção e atrapalha seu desempenho. Mas também pode torná-lo mais cuidadoso com suas decisões e ajudá-lo a ter reflexões mais profundas e criar oportunidades para mudar de rumo.

A tristeza pode afetar seu humor e te desmotivar, mas pode ajudá-lo a mudar suas prioridades e motivá-lo a transformar o ambiente, as circunstâncias e seu comportamento.

A preocupação pode fazer com que você procrastine e te impedir de atingir seus objetivos, mas pode ajudá-lo a reavaliar melhor seus planos, ajustar as expectativas e se tornar mais realista para poder se concentrar em alcançar os objetivos.

A frustração pode prejudicar seu progresso e tirar sua motivação, mas pode desafiá-lo a melhorar.

Essas comparações podem parecer simplistas, mas apontam para opções poderosas que produzem resultados alcançáveis.

2. Experimente algo novo

Hoje em dia, é mais fácil do que nunca fazer uma nova aula online, praticar um esporte ou participar de um evento virtual.

Uma vez participei de um treino ao vivo no Instagram com a tenista campeã de Wimbledon Venus Williams, no qual ela usava garrafas como pesos.

Nunca fiz algo assim antes. Acabou sendo uma experiência fantástica e memorável.

Meu ponto é: de graça (ou por um preço baixo) você pode forçar seu cérebro e corpo a tentar algo que você nunca cogitou antes.

Não precisa ser um treinamento e não precisa ser difícil. Pode ser algo um pouco acima do seu nível ou fora da sua zona de conforto.

3. Pense em resultados positivos

No início ou no final de cada dia, pense sobre todas as incertezas atuais em sua vida, incluindo as grandes e as pequenas.

Vou receber uma boa avaliação de desempenho no trabalho? Meu filho vai se adaptar bem à nova escola? Vou receber uma resposta positiva após a entrevista de emprego?

Agora pegue cada uma dessas situações e imagine o resultado mais otimista que a situação pode ter.

Não apenas o bom resultado, mas “o melhor” resultado possível que você pode imaginar. Essa prática permite praticar a sensação de esperar resultados positivos.

4. Comunique-se com outras pessoas

Não é fácil, mas sentir que está rodeado de pessoas que se preocupam com você é crucial em tempos de grande estresse, quando você precisa recorrer à sua própria resiliência para perseverar e manter o seu bem-estar.

Quando sofremos uma perda ou outras formas de sofrimento, é natural que nos afastemos. Esse tipo de comportamento é percebido inclusive em animais de luto.

No entanto, você também tem o poder de se aproximar da companhia daqueles que podem ajudá-lo a cuidar de si mesmo.

5. Pratique o ‘autopost’ positivo

O ator, dramaturgo e compositor Lin-Manuel Miranda (ganhador de prêmios Pulitzer, Emmy, Grammy e Tony) publicou um livro no qual fala dos posts que faz no início e no final de cada dia. São essencialmente pequenas mensagens otimistas, divertidas, únicas e encantadoras.

Se você observá-lo em suas entrevistas, verá uma pessoa intrinsecamente forte e otimista. Como pode se tornar tão resiliente, produtivo e criativo?

Claramente, parte da resposta são esses lembretes positivos que ele escreve. Você não precisa compartilhá-los com outras pessoas. A ideia é ser incentivado a fazer isso no início e no final do dia.

Se achar difícil, tente pensar no que uma pessoa importante em sua vida (irmão, amigo, mentor, pai) diria para você e depois escreva um tuíte ou simplesmente dite a mensagem para você mesmo.

6. Mergulhe na natureza

A ciência tem mostrado repetidamente que passar tempo na natureza tem efeitos positivos em nossa saúde mental.

Alguns estudos descobriram que isso pode aumentar significativamente o bem-estar emocional e a resiliência.

Você não precisa morar próximo a uma floresta para mergulhar na natureza. Um parque próximo ou qualquer ambiente verde tranquilo onde não haja muitas pessoas funcionará bem.

Respire, relaxe e tome consciência de sons, cheiros e imagens. Use todos os seus sentidos para criar uma maior consciência do mundo natural.

Este exercício aumenta sua capacidade geral de recuperação, pois atua como uma espécie de restauração de energia e restaura o equilíbrio.

Fonte: BBC

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Investigação que apura suspeita de corrupção e venda de sentença por desembargadores do MS sobe para o STF

A investigação que apura suspeita de corrupção e venda de sentenças por desembargadores do Mato Grosso do Sul subiu do STJ (Superior Tribunal de Justiça) para o STF (Supremo Tribunal Federal). Cinco magistrados, que recebem ‘supersalários’ de até R$ 200 mil, foram afastados e terão que usar tornozeleira eletrônica.

O ministro Francisco Falcão, do STJ, atendeu pedido do STF e divulgou despacho informando que toda investigação sairá de suas mãos e, agora, ficará sob responsabilidade do ministro Cristiano Zanin, no STF.

“Diante do encerramento do trâmite dos autos neste Tribunal, eventuais pleitos posteriores deverão ser autuados em apartado”, determinou Falcão, ao repassar a apuração para a instância superior do Judiciário”, disse.

Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), responsável pela investigação, já foram comunicados da decisão. Ainda não se sabe por parte do MPF e da PF os motivos que fundamentaram o pedido de mudança do STJ para o STF.

Com a decisão, todo material apreendido, como celulares, computadores, anotações, agendas e mídias eletrônicas, será remetido para o STF. Caberá ao ministro Zanin requisitar à direção da PF uma nova equipe para seguir com a investigação sob sua relatoria.

Entenda o caso

Nesta semana, a Polícia Federal realizou operação, em parceria com a Receita, que teve os cinco desembargadores como alvo. Eles são suspeitos de corrupção e venda e sentenças.

Segundo o Portal da Transparência do Tribunal de Justiça, os desembargadores receberam “supersálarios” que chegam a R$ 200 mil líquidos. Com salário base de R$ 39.717,69 , os magistrados possuem uma série de vantagens não especificadas pelo TJ-MS que chegam a quintuplicar o valor líquido recebido mensalmente.

A operação, fruto de três anos de investigação da Polícia Federal, foi batizada de “Ultima Ratio”, um princípio do Direito segundo o qual a Justiça é o último recurso do Poder Público para parar a criminalidade.

Fonte: G1

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Estudo aponta falhas em tratamento tradicional contra drogas

Um estudo inédito, que entrevistou 90 pessoas que vivem na região conhecida como Cracolândia, pela concentração de usuários de drogas, na capital paulista, mostrou que 70% delas já foram internadas pelo menos uma vez. A equipe de pesquisadores também localizou usuários de crack que foram internados mais de 30 vezes, o que, na avaliação dos pesquisadores, ambas as situações indicam que os especialistas que defendem o tratamento nos moldes atuais estão no caminho errado.

Os dados constam do relatório A ‘Cracolândia’ pelos usuários: como as pessoas que vivem nas ruas do território percebem as políticas públicas, divulgado nessa sexta-feira (25), pelo Núcleo de Estudos da Burocracia da Fundação Getulio Vargas (NEB/FGV), pelo Centro de Estudos da Metrópole da Universidade de São Paulo (CEM/USP) e pelo Grupo de Estudos (in)disciplinares do Corpo e do Território (Cóccix).

As entrevistas foram feitas em julho e agosto de 2022 e, como os autores do estudo esclarecem, ajudam a explicar muito sobre a eficácia dos tratamentos em vigor e sobre a população que vive no local, embora não abranjam uma amostra representativa de toda a Cracolândia.

A maioria dos participantes da pesquisa, mais de 80%, é de homens negros, com idade entre 30 e 49 anos. A parcela que declarou fazer uso de crack passou de 90%, enquanto a parcela restante disse consumir álcool regularmente.

Os pesquisadores também quiseram compreender que relações interpessoais os usuários mantêm, mesmo vivendo na região, e captar sua percepção sobre o serviço de saúde oferecido. Uma descoberta que evidencia que a forma como o modelo foi pensado se distancia do que ocorre na prática é o fato de que muitos entrevistados veem a internação como um local de passagem, que proporciona descanso e recuperação física, mas não significa uma solução para o uso de drogas, ou seja, não cumpre sua finalidade original.

A maioria (69%) dorme nas ruas e quase metade (40%) disse que está na região por vontade própria. De acordo com os pesquisadores, essa parcela tem a Cracolândia como sua casa ou permanece na área por se sentir bem nela.

A publicação ressalta que metade dos participantes segue em contato com a família. Outro dado importante é o de que mais de dois terços realizam atividades produtivas regularmente, como reciclagem e venda de objetos.

Fonte: Agência Brasil

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