Em terceira onda de protestos no ano, caminhoneiros voltaram na manhã de hoje a bloquear rodovias federais pelo país.
Segundo o Comando Nacional do Transporte afirmou a EXAME.com, as paralisações atingem estradas dos estados do Rio Grande do Norte, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Espírito Sant, Ceará e Tocantins.
Diferentemente das mobilizações do primeiro semestre, o protesto de hoje não tem vínculo com qualquer sindicato e foi organizado, principalmente, pelas redes sociais encabeçado pelo Comando Nacional do Transporte.
Na lista de principais reinvindicações do grupo estão a redução do preço do óleo diesel, uma tabela de preços mínimos para o frete e regulamentação da profissão do motorista com direito a aposentadoria após 25 anos de contribuição.
O grupo, que tem apoio de movimentos de oposição como o Revoltados Online e Vem pra Rua, pede também a renúncia da presidente Dilma Rousseff.
Outros bloqueios
Em fevereiro, caminhoneiros bloquearam rodovias de ao menos 10 estados contra o preço do diesel e a cobrança de pedágio por eixo suspenso dos caminhões, medida que influenciou o valor do frete. Em abril, entrou em vigor a Lei dos Caminhoneiros, que foi sancionada sem vetos pela presidente em resposta a um pedido da categoria.
No entanto, alguns dias depois, a categoria voltou a tomar as rodovias depois que o governo se recusou a criar uma tabela com valor mínimo para o frete. A tabela de frete mínimo aumentaria em torno de 30% os valores praticados hoje. Os manifestantes afirmam que a medida protegeria a categoria das oscilações do mercado.
O governo, por sua vez, considera a proposta inconstitucional e sugere a criação de uma tabela referencial, portanto, não obrigatória.
Fonte: EXAME
