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Câmara elege presidente com disputa entre aliados

3038195Eleitos em outubro, os novos deputados e senadores tomam posse amanhã. A nova legislatura trará uma base de apoio ao governo maior do que no governo Lula. Dos 513 deputados e 81 senadores, 461 (ou 77,6%) integram partidos aliados de Dilma Rousseff.

Poucas horas depois de empossados, os novos congressistas terão de escolher seus presidentes, em eleições que não devem trazer grandes surpresas. No Senado, José Sarney (PMDB-AP), cuja gestão foi alvo de graves denúncias em 2009, deve se manter no comando da Casa.

Racha

Na Câmara, o favorito é o deputado Marco Maia (PT-RS), que conquistou o apoio da presidente Dilma Rousseff após um racha dentro do PT em torno de quem seria o indicado. Mas a escolha de Maia não livrou os governistas do constrangimento de ter de enfrentar um aliado nas urnas.

O adversário será o paranaense Sandro Mabel. Acusado de participação no escândalo do mensalão, em 2005, Mabel é do PR, um dos partidos da base do governo. Sua decisão de concorrer contra Maia contraria até mesmo a decisão do partido, que estuda uma punição – entre elas, a de expulsão – contra Mabel.

“Os deputados não querem uma nomeação, querem uma eleição. Esse embate é bom para o processo e a Casa só tem a ganhar com isso”, afirma Mabel.

Caras novas

Os deputados que vão assumir seus cargos pela primeira vez passaram por passeios guiados na Câmara para conhecer as instalações físicas da Casa e saber como funcionam as votações. Entre as novas caras do Congresso estão o palhaço Tiririca, o ex-jogador Romário e o ex-BBB Jean Wyllis.

Polêmicas

Temas ligados à comunidade gay devem ser os primeiros a agitar o novo Congresso. Senadores ligados à causa homossexual já se articulam para recolher as 27 assinaturas necessárias para desarquivar o projeto que criminaliza a homofobia. A intenção é devolver o tema à pauta. A bancada evangélica é contrária, pois vê a possibilidade de censura à pregação dos pastores.

Outra polêmica é a legalização do aborto. Uma nova minuta de projeto de lei está em elaboração e pode chegar ao Congresso neste semestre.

Fonte: Agência Câmara