Os policiais militares que estavam na cidade de Salgueiro, no Sertão do estado, no dia em que 58 armas foram roubadas dos quartéis vieram nesta quinta-feira (12) ao Recife. Eles disseram que estão sendo investigados e transferidos porque trabalhavam com o capitão Marcos Vinicius Barros dos Santos, chefe da inteligência da unidade de Salgueiro, que foi obrigado a entregar o armamento a um grupo de bandidos em troca da liberdade da família dele.
Um sargento que participou da libertação da mulher e da filha do capitão da PM que teve a casa invadida acredita que está sendo alvo de investigação. “É retaliação em virtude de nós termos trabalhado com o capitão Marcos Vinícius, então chefe do Serviço Reservado de Salgueiro. Acredita-se que por conta disso quem é amigo ou quem trabalhou com ele nesse momento passa a ser investigado”, disse o policial que não quis ter a identidade revelada.
O advogado da Associação Pernambucana de Cabos e Soldados da Polícia Militar, Gílson Alves, considera ilegal a transferência. “Nós entendemos como injusto porque prejulga os policiais, inclusive aqueles que sequer tiveram participação direta ou indireta, sobretudo os que não estavam sequer no batalhão”, disse.
Fonte: PE 360