Apesar da iniciativa de bombeiros no PSL para uma tentativa de conciliação, tanto aliados do presidente Jair Bolsonaro como integrantes da cúpula do partido já trabalham com a possibilidade de um desfecho litigioso.
Esse é considerado o pior cenário, pois deixará sequelas na governabilidade. Além de “abrir as vísceras” do partido e do grupo de Bolsonaro.
Depois da decisão de pedir auditoria das contas da legenda dos últimos cinco anos, o próprio PSL quer jogar um holofote nos gastos da campanha presidencial, mas principalmente da pré-campanha de Bolsonaro.
O argumento é que Bolsonaro assumiu o comando do partido ao indicar no início de 2018 o então aliado e agora ex-ministro Gustavo Bebianno. E que recebeu a legenda com caixa cheio e devolveu com o caixa vazio.
“Será fundamental uma auditoria nas contas do partido para saber como foi esse gasto com a pré-campanha de Bolsonaro”, disse ao blog um dirigente da legenda.
Diante do movimento dos advogados de Bolsonaro, a ordem é centrar artilharia até mesmo na defesa. A advogada eleitoral Karina Kufa era até recentemente a responsável pela defesa do partido na Justiça Eleitoral. E o advogado Admar Gonzaga era ministro do Tribunal Superior Eleitoral.
“Admar participou do colegiado que julgou e aprovou as contas da campanha de Bolsonaro. E Karina Kufa até recentemente estava no partido. Eles deveriam se sentir impedidos”, ressaltou um integrante da legenda que chegou a classificar Kufa de “advogada infiel”.
Fonte: Blog do Camarotti