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Aplicativos prometem melhorar a qualidade de vida

O celular toca e surge um verdadeiro consultório médico. São alertas que lembram de tomar a pílula, mostram o resultado da corrida feita pela manhã, fazem um gráfico da noite de sono e até indicam a melhor opção de cardápio para seu dia.

Em poucos cliques, foi-se o velho e recomendado hábito de marcar consulta e falar com um especialista. Os ‘doutores’ de agora são os aplicativos mHealth (do inglês mobile health: saúde móvel), utilizados em celulares, tablets e iPods. Parece prático, saudável e ainda combina com a inevitável falta de tempo. Sentiu vontade de cancelar o convênio? Melhor pensar de novo. Para os especialistas, a combinação entre tecnologia e saúde pode ser um avanço importante, mas está longe de substituir o acompanhamento médico tradicional.

“Os aplicativos são ferramentas úteis hoje em dia”, acredita Turíbio Leite de Barros Neto, fisiologista do Esporte Clube Pinheiros e professor adjunto da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). “Mas é preciso ter bom senso e saber usá-los apenas como complemento à orientação médica, e não como única solução”, diz. O fisiologista também ressalta a importância do selo de qualidade, ou seja, aplicativo bom é aquele que tem procedência ligada a entidades de saúde confiáveis.

Atualmente, há mais de 17 mil opções de aplicativos voltados para a saúde, entre gratuitos e pagos. E o número só aumenta – assim como o montante de usuários, que deve beirar os 500 milhões até 2015, aponta o relatório Mobile Health Market Report 2010-2015, da consultora alemã Research2Guidance, que realiza pesquisas sobre o mercado global de aparelhos móveis.

Para o especialista em internet e marketing digital, Conrado Adolpho, professor da ESPM e da Fundação Dom Cabral, o aumento desses dispositivos no mercado só tende a crescer no país. “Será um comportamento natural, uma vez que os brasileiros representam um número grande de pessoas buscando informações sobre saúde na rede”, conclui.

Fonte: Estadão