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Analistas preveem inflação a 8,12%, a pior desde 2003

Os analistas do mercado preveem que a economia brasileira encolherá 0,83% em 2015, seu pior resultado desde 1990, e que a inflação neste ano subirá até 8,12%, a maior desde 2003, segundo o Boletim Focus, pesquisa semanal feita pelo Banco Central.

A projeção de crescimento do PIB na semana passada era de 0,78%. Caso a previsão de confirme, a economia brasileira registrará neste ano seu pior comportamento nos últimos 25 anos, desde a queda de 4,35% em 1990.

Esta foi a 12ª semana consecutiva na qual os analistas pioraram sua projeção para o crescimento econômico. No início do ano os analistas do mercado acreditavam em uma expansão do 0,50%.

O encolhimento confirmaria a tendência de deterioração do PIB da economia brasileira, que após ter crescido 2,49% em 2013, desacelerou-se no ano passado, quando o país se expandiu abaixo de 0,20%, segundo as últimas projeções.

Os especialistas também não preveem uma forte recuperação em 2016, para quando projetam agora um crescimento de 1,20%, abaixo do 1,30% da semana passada.

Esta foi a terceira semana consecutiva em que os analistas reduziram sua projeção de crescimento para 2016.

Os economistas também se mostraram mais pessimistas sobre o comportamento dos preços e elevaram sua projeção para a inflação neste ano de 7,93%, esperado há uma semana, até 8,12%.

Caso a previsão de confirme, a inflação em 2015 será a maior dos últimos doze anos e se aproximará do 9,3% registrado em 2003.

Esta também foi a 12ª semana consecutiva em que os especialistas elevaram sua projeção para a inflação e a primeira vez que a situaram acima da marca de 8%.

A previsão supera por mais de 1,5% o teto máximo tolerado pelo governo. A meta de inflação no país é de 4,5% anual, com uma margem de tolerância de dois pontos percentuais, o que permite que o índice chegue a um máximo de 6,5%.

O Brasil terminou 2014 com uma inflação de 6,41%, acima da de 2013 (5,91%), mas abaixo do teto máximo tolerado pelo governo.

Em relação à inflação para 2016, os analistas elevaram sua previsão pela terceira semana consecutiva e a situaram em 5,61%, ligeiramente acima do 5,6% calculado há uma semana mas abaixo do máximo tolerado oficialmente.

Fonte: EXAME