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Ameaçada de expulsão do PDT, Tabata Amaral diz: “Voto por convicção”

Em resposta à ameaça de ser expulsa do Partido Democrático Trabalhista (PDT) após declarar seu voto a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma da Previdência, a deputada federal Tabata Amaral, eleita por São Paulo, gravou um vídeo e divulgou nas redes sociais, explicando as razões pelas quais decidiu apoiar as mudanças que devem acontecer na aposentadoria dos brasileiros, após a proposta ser aprovada no Congresso Nacional. 

“O sim que eu digo não é o sim ao governo. E, também, o não é um não a decisões partidárias. Ser de esquerda não pode significar que a gente vai ser contra um projeto que, de fato, pode tornar o Brasil mais inclusivo e mais desenvolvido”, disse a parlamentar no vídeo, divulgado nesta quarta-feira (10/07/2019), com duração de um minuto e meio. Na manhã de terça (09/07/2019), o presidente da sigla, Carlos Lupi, chegou a conversar com a deputada, na intenção de dissuadi-la de seu voto.

“Eu fiz um apelo humilde pelo voto dela, para que seja contrário à reforma da Previdência”, afirmou Lupi. “O governo tem um poder de convencimento que a gente não tem. Nós temos as palavras e eles têm emendas. Eles têm olhos azuis e nós, negros. Então, muita gente usa a Tabata para se proteger da decisão, alguns por convicção e outros por utilidade pública.”

O ex-ministro Ciro Gomes, candidato derrotado da sigla à Presidência da República, chegou a telefonar na terça-feira para a jovem parlamentar, pedindo para que ela seguisse a orientação partidária, mas não obteve sucesso. Diante da negativa, o ex-presidenciável sugeriu a Lupi que todos os correligionários que votassem a favor da PEC fossem desligados do partido. “Defenderei que o PDT expulse aqueles que votarem contra o povo nesta reforma de Previdência elitista”, bravejou.

Em resposta às acusações de que teria baseado o próprio voto interessada nas emendas parlamentares prometidas pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), Tabata se defendeu, dizendo que “não é um voto vendido” e “não é um voto por dinheiro de emendas”. A pedetista cita os anos de estudo dedicados à área da Educação e diz que tem convicção de que está de olho no futuro do país, não no próximo processo eleitoral.

Fonte: Metrópoles