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Advogado de ativistas foragidos diz que clientes não se entregarão à polícia

Pelo menos sete dos 18 ativistas acusados de envolvimento em atos violentos durante manifestações de rua ocorridas no Rio não irão se entregar à polícia, disse, neste sábado (19), o advogado Marino D’Icarahy, que defende nove ativistas. Todos são considerados foragidos.

A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática da Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou, neste sábado (19), uma operação para cumprir 18 dos 23 dos mandados de prisão decretados pelo juiz da 27ª Vara Criminal da Capital do Tribunal de Justiça do Rio, Flávio Itabaiana de Oliveira Nicolau contra os ativistas. Nenhum deles foi localizado.

Cinco ativistas já estavam presos: Elisa Quadros – a Sininho -, Camila Jourdan, Igor D’Icarahy, Fábio Raposo e Caio Silva de Souza, todos no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu. Elisa Quadros tinha conseguido, na sexta-feira (18) à tarde, um habeas corpus concedido pelo desembargador Siro Darlan, da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, mas não chegou a sair da prisão. Fábio e Caio foram detidos em fevereiro, sob a acusação de terem acionado o rojão que provocou a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade.

O advogado Marino D’Icarahy, que tem entre seus clientes o próprio filho Igor D’Icarahy e a namorada dele, Camila Jourdan, disse que na segunda-feira (21) entrará com um pedido de relaxamento de prisão para os seus clientes Emerson Raphael da Fonseca, Rafael Barros Caruso, Filipe Carvalho Moraes, Felipe Frieb de Carvalho, Pedro Brandão Maia, Bruno de Sousa Machado e Rebeca Martins de Souza.

“Nenhum desses manifestantes preenche os requisitos para serem mantidos encarcerados. Prevalecendo o Estado Democrático de Direito eles têm o direito de responder ao processo em liberdade. E só o que se discute agora é isso”, afirmou.

O advogado não revelou qual será a sua linha de defesa, mas adiantou que seus clientes não se entregarão à polícia: “A luta pela liberdade é intransigente. Ninguém é obrigado a cumprir ordem ilegal. Todo mundo tem direito de lutar por sua liberdade, nem que seja fugindo do excesso de perseguição do Estado. A linha de defesa será um passo adiante, não dá para falar agora, porque não vou apresentar as minhas armas”.

Fonte: Último Segundo