A presidente Dilma Rousseff discursou, na manhã desta segunda-feira (28), na abertura da 70ª Assembleia Geral nas Nações Unidas, em Nova York. Na início de sua fala, a presidente destacou a crise migratória e defendeu o acolhimento dos refugiados, afirmando era um “absurdo impedir o livre trânsito de pessoas”.
“Em um mundo onde circulam livremente mercadorias, capitais, informações e ideias, é absurdo impedir o livre trânsito de pessoas”, disse a presidente.
Dilma reforçou que o Brasil está aberto para receber imigrantes. “O Brasil é um país de acolhimento, um país formado por refugiados. Recebemos sírios, haitianos, homens e mulheres de todo mundo. Assim como abrigamos há mais de um século europeus, árabes e asiáticos, estamos abertos e de braços abertos para receber refugiados. Somos um país multiétnico”, afirmou, sendo aplaudida em seguida.
A presidente também citou o Estado Islâmico e afirmou que a expansão do terrorismo coloca um desafio para os países na ONU.
“A expansão do terrorismo que mata homens, mulheres e crianças, destrói patrimônios e expulsa milhões de pessoas sugere que a ONU está diante de um grande desafio. Não se pode ter complacência com atos de barbárie, como aqueles perpetrados pelo Estado Islâmico e por outros grupos associados”, afirmou.
Tradicionalmente o Brasil é o país responsável pelo discurso inicial das sessões de abertura da ONU. No discurso deste ano, que marca os 70 anos de criação das Nações Unidas, Dilma destacou o espírito solidário e acolhedor dos brasileiros em relação aos fenômenos de migração, de mobilidade humana e de deslocamentos feitos por razões humanitárias.
Segundo a presidenta, o Brasil tem colaborado para melhorar a situação de muitos desses refugiados, e isso pode ser percebido por meio das políticas de concessão de vistos destinados a cidadãos haitianos e sírios.
Fonte: Jornal do Brasil