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De irmão para irmão

alvinhoegonzagaGonzaga,

Embora nossos pais fossem dos tempos difíceis, sem condição de proporcionar oportunidades de estudar fora, já que nos sítios àquela época não contávamos praticamente com ajuda para os estudos, salvo uma “professora leiga”, tivemos a sorte de contar com Auristela Holanda, nossa prima que nos educou e a todas da ribeira – sítios Soares, Caldeirãozinho, Mioré, Várzea Limpa, Balança e tantos outros, em Sertânia.

Meu pai encaminhou os poucos filhos – apenas 12 de 13 que mamãe teve em casa de parto “normal” – para estudar na cidade e os homens a praticarem telegrafia na estação ferroviária e todos, como diziam à época, “deram para gente”. O velho Sebastião Alves Freire nunca nos envergonhou. Homem sério, cumpridor dos seus deveres. Ah! Ainda constituiu uma segunda e pequena prole de mais 6 ou 7 filhos, perdi a conta, os quais se uniram aos de Dona Elisa e hoje vivemos em franca harmonia.

Certo dia, perguntaram ao meu irmão Arcilon: Quantos irmãos você tem? Ele respondeu imediatamente: De mãe 13. Aí a pessoa perguntou “e vivo?” Ele então disse: Vivo, somente Gonzaga…”

Minha mãe costumava dizer para os filhos: “pisem no chão devagar, para não deixar rastro”. Mas, eu sempre procurando inovar, um dia resolvi dar uma nova versão àquela frase de Dona Elisa e escrevi: Gonzaga pise no chão com força para deixar rastros, desde que dignifiquem a sua caminhada…

É isso aí, quero nesta data em que o nosso irmão de sangue, de fraternidade maçônica, de tantas lutas políticas, de profissão contábil, jurídica e por último de estudo de tese científica – doutorado pela Universidade de Buenos Aires (Argentina) assume a liderança da bancada parlamentar do Nordeste na Câmara Federal, que possa deixar muitos rastros que apontem ao nosso povo o rumo do seu desenvolvimento com sustentabilidade, de amor, de fraternidade e, sobretudo compromisso com o nordeste, tudo isso sem esquecer Aquele que nos proporciona toda essa condição, DEUS.

Por Alvinho Patriota

2 comentários sobre “De irmão para irmão

  1. Machado Freire

    Essa conquista que o companheiro Gonzaga Patriota acaba de “emplacar” é uma coisa que tem muito a ver com o seu passado de luta.E nós que participamos historicamente dessa “contenda” nos sentimos orgulhosos. E quando falo na terceira pessoa é porque na verdade nós formamos um grupo corajoso e determinado no tempo em que criticar as oligarquias era um “desaforo” e poucos (mas muito pouco mesmo ) se “habilitavam”.
    Uma coisa que até hoje me deixa “cabreiro” é o fato de não termos avançado na educação do terceiro grau. Logo que Gonzaga foi eleito deputado estadual, passamos a nos preocupar com com o fato da juventude ter que deixar os pais no sertão e rumar para as capitais para fazr um curso superior e voltar para ajudar no desenvolvimento da nossa região. A maioria não voltou !
    Pois é, a oligarquias nunca se preocuparam com isso. Parece que eles temiam que o jovem depois de formado passasse a fazer oposição e derrubar as oligarquias.

    Gonzaga, por exemplo, teve que estudar Direito no Crato (CE), a exemplo de Geraldo, seu irmão. E nós estavamos juntos fazendo plítica com P maiúsculo.

    Salgueiro ficou a reboque de outras cidades do sertão, como Araripina, que não tem uma universidade hoje por falta de representação política, mas conta com muitos cursos, inclusive Direito e Agronomia.

    Belém conta com o curso de Direito e Serra Talhada já se organiza para ter Medicina.

    A nossa Salgueiro -estrategicamente melhor colocada do ponto de vista geográfico parou no tempo e só agora conta com o curos de Administação, depois dos cursos oferecidos pela Fachusc.

    Nós lutamos e reivindicamos através do nosso deputado -autor do projeto que trouxe água para Salgueiro, mas os donos do mundo da Arena/PDS e PFL levaram as coisas pro lado de Petrolina, cuja oligarquia sxe travestiu de esquerda e hoje abocanha uma larga fatia nas administrações estadual e federal. Eles sempre procuraram o bem bom.

    O que nos anima -nunca abaixamos a cabeça(seguindo o exemplo deixado por Miguel Arraes), é que gonzaga faz uma política plural e como comandante da bancada do Nordeste, já começa a “brigar” em defesa da região, pugnando pela execução dos pronjetos deixados pelo ex-presidente Lula.

    Ele não vai “perder a cabeça” ou se tornar “importante” e apenas posar para os olofotes.
    Vai continuar simples e sincero como sempre foi.
    E vamos à luta, companheiros.

  2. Paizinha Freire

    Gonzaga,

    Temos orgulho de ser sua família de sangue, porque o seu coração é tão grande que consideram todos outros de sua família também, unida e acima de tudo com muita humildade, me emociono com esse relato de Alvinho, falando em Sebastião meu avô, homem guerreiro…falar de Elisa então nem palavras para falar, mulher nordestina, que ensinou a sua família a ser essa família de gente que não desiste, que em todo Brasil tem sua raiz, que de Agamenon a Alvinho soube ensinar com todas as dificuldades a nunca passar por cima de ninguém e sempre ajudar aos outros e principalmente as mais necessitados.
    Lembrar de dona Elisa é lembrar de tanta gente que passou fome e vó sempre tinha comida na panela pra aqueles que chegassem, sempre tinha um caldeirão de ponche e pão a esperam daqueles que chegavam para saciar a sua fome.
    Falar de Arcilon em tão, nem se fala, vou concluir os pontos (….) que Alvinho não terminou, Arcilon dizia que vó só tinha Gonzaga, porque ao atender o telefone a outra pessoa da linha perguntava, de onde fala? E ela respondia da casa da Mãe de Gonzaga, num certo dia Arcilon ligou e perguntou de onde fala? e ela respondeu: é da casa da Mãe de Gonzaga, e na mesma hora ele respondeu então passe ai pra Mãe de Arcilon. Era esse Arcilon cheio de brincadeiras, e que todos o amavam.
    Pois bem essa é a nossa Família, de Alves, Freire, Feitosa, Holanda, Siqueira e de todos PATRIOTAS.

    Parabéns GONZAGA.

    Paizinha Freire e Família.