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Índios Cinta Larga e Arara aceitam acordo e desocupam usina em MT

394066Após acordo, os índios Cinta Larga e Arara desocuparam, neste sábado (11), a Usina Hidrelétrica Dardanelos, em Aripuanã, a 976 km de Cuiabá. Na última quarta-feira (8), cerca de 150 indígenas invadiram a empresa em protesto a falta de assistência nas aldeias.

A reivindicação era por conta de um acordo firmado em 2010, que segundo os índios, não estava sendo respeitado pela empresa. O termo trata de compensações para as famílias indígenas que vivem próximo a usina, entre outras questões.

Um dos líderes indígena, Amadeu Cinta Larga, afirmou que a questão foi resolvida após conversa com os representantes da Usina. Ele não citou detalhes do acordo.

Em nota, a Energética Águas da Pedra, responsável pelo empreendimento, informou que o acordo prevê a realização de novas reuniões com a Fundação Nacional do Índio (Funai), em Brasília. Além disso, destaca a criação de uma comissão para acompanhar o cumprimento das obrigações assumidas com os indígenas.

Fonte: G1

Índios são queimados após ataque a bomba em ônibus escolar

daxfj18ma3cvggjjloyaewugnQuatro índios estão em estado grave. Polícia suspeita de disputa entre aldeias locais. Para cacique, atentado foi feito por fazendeiros

Na madrugada de sábado (04), um ônibus que transportava 30 alunos indígenas da etnia terena foi atacado com pedras e uma bomba caseira – um coquetel molotov. Seis pessoas, incluindo o motorista, sofreram queimaduras. Cinco delas estão internadas na Santa Casa de Campo Grande (MS) e, destas, quatro estão em estado grave. O caso aconteceu no município de Miranda, a 200 quilômetros de Campo Grande.

Os passageiros vivem em várias aldeias espalhadas pela região. O ônibus fazia o trajeto todos os dias e, no momento em que foi atacado, voltava da aula, em direção às aldeias. A bomba atingiu a frente do ônibus. O que está em pior estado é o motorista, Laércio Corrêa, de 27 anos, que sofreu queimaduras na maior parte do corpo, incluindo a cabeça.

A motivação do ataque ainda é desconhecida. Inicialmente, a suspeita era de que a violência tivesse sido praticada por um grupo de índios, em razão de desavenças entre aldeias situadas no município.

O delegado Tiago Macedo, que investiga o caso, adiantou ainda que não existem elementos suficientes para comprovar essa possibilidade, mas que ela não está descartada. Segundo o delegado, há um histórico de conflitos entre aldeias rivais na região. Ele começou a ouvir testemunhas na manhã desta segunda-feira (06).

O cacique Adilson Terena afirmou que não acredita que o ataque tenha sido praticado por índios, pelo fato de o ônibus transportar estudantes das duas aldeias supostamente rivais – Babaçu e Argola. Adilson disse que foi encontrado um chapéu na mata próxima de onde o ônibus foi atacado, e que ele não pertence a nenhum índio. O dono do chapéu teria sido visto correndo para o matagal logo depois do ataque ao ônibus. De acordo com o cacique, a possibilidade mais plausível é de que o ataque tenha sido feito por pessoas a mando de fazendeiros – que disputam terras com os índios.

Em março deste ano, os Terena ocuparam duas fazendas em Miranda, uma delas a fazenda Petrópolis, do ex-governador de Mato Grosso do Sul, Pedro Pedrossian. A Justiça mandou a polícia tirar os índios de lá. Estima-se que seis mil índios Terena vivam em Miranda.

Fonte: Último Segundo

Índios protestam em Buíque por causa de atraso no pagamento de agentes da Funasa

anfitriao-doCentenas de índios da tribo Kapinawá invadiram nesta terça-feira (01) a sede da Secretaria de Finanças da cidade de Buíque, a 282 quilômetros de Salgueiro, em protesto pela falta de pagamentos de funcionários da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que prestam serviços nas aldeias da tribo. Eles também reivindicaram melhorias nas estradas rurais de Buíque, que foram danificadas pelas enxurradas um ano atrás. Funcionários da secretaria trancaram-se nas salas do prédio com medo dos kapinawás. Policiais militares acompanharam todo o protesto à distância.

Após quatro horas de protesto a prefeitura entregou um documento prometendo atender as reivindicações depois do carnaval.

Apesar de a Funasa ser um órgão federal, os salários dos agentes de saúde, enfermeiros e médicos devem ser pagos pela prefeitura do município, com recursos enviados pela Fundação Nacional do Índio (Funai). O prefeito de Buíque, Jonas Camelo, alegou que como houve mudanças no Ministério da Saúde, a prefeitura não soube que programas o novo ministro iria dá continuidade e por esse motivo não realizou os pagamentos.

Da redação do blog de Alvinho Patriota por Chico Gomes

Funcionários da Vale são mantidos reféns por indígenas

indiosguajajarasIndígenas da etnia guajajara mantêm há cerca de 24 horas seis funcionários da companhia Vale reféns no Maranhão. Na quarta-feira, os indígenas bloquearam parte da Estrada de Ferro Carajás (EFC) em protesto, que teria sido motivado pela falta de assistência médica na aldeia de Maçaranduba, onde vivem, no município de Alto Alegre do Pindaré (MA).

Quando deixaram a ferrovia, na noite de quarta-feira, após mais de cinco horas, os indígenas levaram os funcionários. Em nota, a Vale disse estar preocupada com a integridade física dos reféns e que irá acionar meios legais para responsabilizar os invasores. A empresa disse que está em dia com as cláusulas do acordo de cooperação firmado com a Fundação Nacional do Índio (Funai) em 2007 para apoiar a comunidade e que as reivindicações não são direcionadas a ela.

Esta não é a primeira vez que os indígenas fazem funcionários da Vale reféns. Em fevereiro de 2006, outros quatro empregados foram mantidos reféns por dois dias.

Fonte: Estadão

Índios fazem manifestação contra construção de Belo Monte

usinabelomonteIndígenas e representantes de movimentos sociais da região do Rio Xingu fazem nesta terça-feira, em Brasília, uma manifestação contra a liberação das obras do complexo hidrelétrico de Belo Monte. O protestos começaram às 9h30 no gramado em frente ao Congresso Nacional.Os índios pretedem entregar à presidente Dilma Rousseff um documento com mais de 500 mil assinaturas contra o início das obras da usina.

Ontem, eles participaram de debates na Universidade de Brasília (UnB) sobre os impactos da construção da hidrelétrica e do recente licenciamento concedido pelo governo federal para a instalação da infraestrutura inicial.

Entre as presenças confirmadas estão o cacique Megaron Txucarramãe, liderança kayapó do Mato Grosso; Sheyla Juruna, liderança de Altamira (MA); o cacique Ozimar Juruna, da aldeia Paquiçamba, em Altamira; Josinei Arara, liderança da aldeia Arara, de Altamira; e Antonia Melo, coordenadora do Movimento Xingu Vivo para Sempre.

Fonte: Agência Brasil

Índios protestam em Salgueiro

A 7ª Gerência Regional de Educação localizada em Salgueiro recebeu a visita de índios da tribo Atikum nesta terça-feira (21). Os indígenas foram até a 7ª GRE protestar, pedindo meredeiras, mais professores e melhoria na infra-estrutura das escolas situadas nas aldeias indígenas dos municípios de Salgueiro e Carnaubeira da Penha.

Os índios dizem que precisam de uma educação diferenciada voltada para especificamente para o ensinamento dos costumes e cultura das tribos. Algumas propostas já foram apresentadas pela Secretaria Estadual de Educação, no entanto até o momento não se chegou a um acordo com os índios.

Da redação do blog de Alvinho Patriota por Chico Gomes

Índios fazem cem reféns em obras de hidrelétrica no MT

usinadardanelosPintados para a guerra e armados com flechas e tacapes, índios de onze etnias invadiram ontem o canteiro de construção da usina hidrelétrica de Dardanelos, no Mato Grosso, e tomaram cerca de cem operários como reféns. Eles querem receber uma compensação financeira de R$ 10 milhões pela inundação de áreas indígenas e a interrupção dos projetos de expansão da produção energética por meio de pequenas centrais (PCHs) previstas ao longo do rio Juruena, que corta as reservas.

Por determinação do Ministério da Justiça, uma comissão, integrada por representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Polícia Federal se deslocará hoje para Aripuanã, norte do Mato Grosso, a cerca de mil quilômetros de Cuiabá, onde fica a sede da hidrelétrica invadida, para negociar a libertação dos reféns e a solução do impasse. Os controladores do empreendimento também entraram ontem com pedido de reintegração de posse.

A tomada da hidrelétrica foi feita pela manhã por cerca de 300 guerreiros, liderados por caciques das etnias Arara e Cinta Larga, conhecidas pela valentia. Os cintas largas procedem da mesma região de Rondônia, a Reserva Roosevelt onde, em 2004, foram massacrados 29 garimpeiros num garimpo de diamantes. Os primeiros relatos da invasão são imprecisos, mas não há registro de mortos ou de confronto entre índios e operários, que receberam os invasores sem resistência. Eles foram levados para um barracão na construção.

Fonte: Agência Estado

Grupo do Equador se apresenta gratuitamente no Centro de Salgueiro

griopSalgueiro está recebendo muitos visitantes, seja para trabalhar nas obras do Governo Federal, seja para curtir o São João que começa amanhã (23), ou simplesmente para mostrar seu talento. É o que está fazendo há alguns dias o grupo equatoriano Hayllu Puras, descendentes de índios da etnia Kechuaa, nativos do Equador.

O conjunto formado por sete pessoas, incluindo uma criança, está vestido a caráter, e emite sons diferentes do que o salgueirense está acostumado a ouvir, mesmo assim pessoas não faltam para assistir a exibição. Com flautas e outros instrumentos de assopro, os Hayllu Puras reproduzem músicas que imitam o som dos pássaros. A sonoridade exótica é elevada com a ajuda de um aparelho eletrônico estranho.

As apresentações estão acontecendo durante todo o horário comercial nagriop2 Rua Osmundo Bezerra, em frente a BR Financeira, no Centro de Salgueiro. O grupo não cobra nada para quem quiser conferir, mas caso alguém queira ajudar pode contribuir comprando um dos CDs gravados por eles, pelo preço de R$ 20, ou até mesmo ajudar voluntariamente com qualquer quantia.

Os Hayllu Puras devem continuar em Salgueiro durante toda essa semana e em seguida prosseguir viagem por outras cidades. Eles chegaram ao Brasil em meados de 2009 e desde então realizam apresentações por todo o país. As viagens são bancadas com dinheiro arrecado na venda de CDs, colares artesanais, e doações voluntárias. Só um detalhe: eles entendem Português, mas hablan apenas Espanhol, daí a dificuldade deste repórter em concluir esta matéria.

Da redação do blog de Alvinho Patriota por Chico Gomes

Aneel suspende leilão de Belo Monte

usinabelomonteO leilão da hidrelétrica de Belo Monte voltou a ser suspenso. Na noite desta segunda-feira a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reiterou a dúvida sobre realização do evento, previsto para esta terça-feira (20/4). Mais cedo, a Justiça Federal do Pará havia aceitado o pedido do Ministério Público Federal do estado também para a não realização do leilão, alegando falha na licença ambiental concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).

Mantendo sua posição desde o início, a Advocacia Geral da União (AGU) informou que vai recorrer e que espera reverter a decisão.

A polêmica em torno da construção da usina de Belo Monte, na Bacia do Rio Xingu, já dura mais de 20 anos. Entre muitas idas e vindas, a hidrelétrica de Belo Monte, hoje considerada a maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, vem sendo alvo de intensos debates na região, desde 2009, quando foi apresentado o novo Estudo de Impacto Ambiental (EIA). A polêmica foi intensificada em fevereiro deste ano, quando o Ministério do Meio Ambiente (MMA) concedeu a licença ambiental prévia para a construção.

A usina hidrelétrica de Belo Monte, que deverá ser a terceira maior do mundo, atrás da binacional Itaipu e da chinesa Três Gargantas, tem investimentos previstos de R$ 19 bilhões e o preço-teto de R$ 83 por MWh. Vence o leilão quem oferecer o maior deságio. O empreendimento tem entrada em operação prevista para 2015 (1ª fase) e 2019 (2ª fase), e terá capacidade instalada de 11 mil MW, com garantia física de 4.571 MW médios.

Fonte: Correio Braziliense

Índios vão à ONU cobrar ações

transUma delegação de índios brasileiros denuncia hoje à Organização das Nações Unidas (ONU) o impacto social e ambiental da transposição do Rio São Francisco. A meta do grupo é a de conseguir apoio para pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para que suspenda as obras e avalie a posição dos indígenas.

Lideres do povo Tusa, da Comissão Nacional dos Professores Indígenas, do Conselho Indigenista Missionário e da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo fazem parte da delegação. O grupo levará um estudo sobre o impacto que o projeto está tendo para os indígenas. Entre as conclusões do estudo está a acusação de que oito mil índios já tiveram suas terras alagadas ou destruídas. O grupo entregará a denúncia aos relatores especiais de direitos humanos da ONU e à Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Fonte: Diário de Pernambuco

Funai de Pernambuco é extinta por Lula

09_indiaDecreto publicado ontem no Diário Oficial da União determinou o fechamento da Administração Regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Pernambuco. A decisão, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pegou de surpresa a cúpula do órgão que já marcou reunião para a próxima terça-feira, às 10h, no Sindicato dos Servidores Públicos Federais, com o objetivo de traçar estratégias que possam reverter a situação. O Estado possui cerca de 40 mil índios, divididos em 11 etnias, o que representa a 3ª população indígena do País, atrás apenas do Amazonas e do Mato Grosso.

Para a administradora regional da Funai em Pernambuco, Estela Parnes, não há explicação plausível para a determinação. “O Recife sempre foi um polo de decisões políticas importantes. Todo o planejamento, os grupos de trabalho fundiário e as parcerias que firmamos em favor dos índios estão indo por água abaixo”, comentou.

Representantes de etnias indígenas também demonstraram insatisfação com o decreto federal. “Acho que é uma falta de responsabilidade. Pernambuco é uma referência nacional no trabalho junto aos povos indígenas e não pode ser tratado dessa maneira. Concordo que a Funai precisa de uma reestruturação, mas ela deveria passar pela realização de concursos públicos e contratação de servidores e não isso que estão fazendo”, explicou o secretário de Assuntos Indígenas de Orocó, Yssô Trucá.

Fonte: Jornal do Commercio

Funai amplia o esquema de proteção a índios isolados

indiosA Fundação Nacional do Índio (Funai) decidiu fortalecer as seis frentes de proteção dos povos indígenas isolados e criar outras cinco até o final de 2010. As mudanças são atribuídas sobretudo à pressão das frentes econômicas que estão aumentando na Amazônia Legal. “Por toda parte estão surgindo novos e fortes empreendimentos, ligados ao manejo sustentável de madeira, pavimentação de estradas, projetos de mineração, construção de hidrelétricas”, explica o coordenador da área de índios isoladas da Funai, Elias dos Santos Bigio. “Foi diante desse contexto que se decidiu intensificar a proteção aos índios.

Os índios classificados como isolados são os que ainda vivem sem contato com a civilização dos homens brancos. Não se sabe ao certo quantos grupos existem no Brasil. Segundo levantamentos da Funai, devem passar de 60 – quase todos na região. De acordo com estimativas da organização não-governamental Survival International – que atua há quase quatro décadas na defesa de grupos indígenas, o território brasileiro é o que abriga o maior número isolados no mundo.

Recentemente, a Survival lançou um relatório observando que o esforço mundial para reduzir emissões de gás carbônico – e o aquecimento do planeta – poderá afetar drasticamente a vida dos isolados. De acordo com o texto do relatório, a busca de fontes de energia limpa, com as hidrelétricas, assim como a expansão do plantio de cana, para a produção de álcool, e a exploração sustentável das florestas, tende a avançar sobre áreas ainda não exploradas economicamente – e nas quais vivem os isolados.

Fonte: O Estado de S. Paulo