FUNAI

Funai lança concurso com 425 vagas para todos os níveis

A Fundação Nacional do Índio (Funai) divulgou, nesta terça-feira, o edital do concurso público para o preenchimento de 425 vagas de níveis fundamental, médio e superior em todo o país. As inscrições começam no dia 14 de janeiro e vão até 5 de fevereiro.

Para o cargo de auxiliar de indigenismo, que exige apenas ensino fundamental, há 75 vagas e o salário é de R$ 3.080,38. Já para o cargo de agente em indigenismo, são oferecidos 150 postos para os que têm ensino médio completo e o salário é de R$ 3.321,90. Os candidatos com nível superior completo em qualquer área de formação podem concorrer a uma das 200 vagas para o cargo de indigenista especializado, com salário de R$ 4.085,28. As inscrições custam R$ 40 (fundamental); R$ 50 (médio); e R$ 60 (superior).

A seleção será feita por meio de provas objetiva, redação e prova prática para o cargo de auxiliar em indigenismo. As provas acontecem em março.

Fonte: Diário de Pernambuco

Funai de Pernambuco é extinta por Lula

09_indiaDecreto publicado ontem no Diário Oficial da União determinou o fechamento da Administração Regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Pernambuco. A decisão, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pegou de surpresa a cúpula do órgão que já marcou reunião para a próxima terça-feira, às 10h, no Sindicato dos Servidores Públicos Federais, com o objetivo de traçar estratégias que possam reverter a situação. O Estado possui cerca de 40 mil índios, divididos em 11 etnias, o que representa a 3ª população indígena do País, atrás apenas do Amazonas e do Mato Grosso.

Para a administradora regional da Funai em Pernambuco, Estela Parnes, não há explicação plausível para a determinação. “O Recife sempre foi um polo de decisões políticas importantes. Todo o planejamento, os grupos de trabalho fundiário e as parcerias que firmamos em favor dos índios estão indo por água abaixo”, comentou.

Representantes de etnias indígenas também demonstraram insatisfação com o decreto federal. “Acho que é uma falta de responsabilidade. Pernambuco é uma referência nacional no trabalho junto aos povos indígenas e não pode ser tratado dessa maneira. Concordo que a Funai precisa de uma reestruturação, mas ela deveria passar pela realização de concursos públicos e contratação de servidores e não isso que estão fazendo”, explicou o secretário de Assuntos Indígenas de Orocó, Yssô Trucá.

Fonte: Jornal do Commercio

Funai amplia o esquema de proteção a índios isolados

indiosA Fundação Nacional do Índio (Funai) decidiu fortalecer as seis frentes de proteção dos povos indígenas isolados e criar outras cinco até o final de 2010. As mudanças são atribuídas sobretudo à pressão das frentes econômicas que estão aumentando na Amazônia Legal. “Por toda parte estão surgindo novos e fortes empreendimentos, ligados ao manejo sustentável de madeira, pavimentação de estradas, projetos de mineração, construção de hidrelétricas”, explica o coordenador da área de índios isoladas da Funai, Elias dos Santos Bigio. “Foi diante desse contexto que se decidiu intensificar a proteção aos índios.

Os índios classificados como isolados são os que ainda vivem sem contato com a civilização dos homens brancos. Não se sabe ao certo quantos grupos existem no Brasil. Segundo levantamentos da Funai, devem passar de 60 – quase todos na região. De acordo com estimativas da organização não-governamental Survival International – que atua há quase quatro décadas na defesa de grupos indígenas, o território brasileiro é o que abriga o maior número isolados no mundo.

Recentemente, a Survival lançou um relatório observando que o esforço mundial para reduzir emissões de gás carbônico – e o aquecimento do planeta – poderá afetar drasticamente a vida dos isolados. De acordo com o texto do relatório, a busca de fontes de energia limpa, com as hidrelétricas, assim como a expansão do plantio de cana, para a produção de álcool, e a exploração sustentável das florestas, tende a avançar sobre áreas ainda não exploradas economicamente – e nas quais vivem os isolados.

Fonte: O Estado de S. Paulo