Dilma

Aliados começam a duvidar se Dilma terá força política para disputar 2º mandato

size_590_presidente-dilmaA intensa e inusitada movimentação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aportou em Brasília no auge de uma crise provocada pela completa desarticulação política e pelo agravamento da situação do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, deixou aliados que têm projetos próprios para 2014 preocupados. Parlamentares e cientistas políticos avaliam que a presidente Dilma Rousseff deu os primeiros sinais de que não tem apetite ou fôlego para disputar um segundo mandato. A constatação geral é que, ao pedir socorro ao seu antecessor e criador na primeira crise, Dilma encerrou a semana muito fragilizada.

– Independentemente das motivações de Lula, o fato é que, na primeira crise, Dilma precisou de apoio externo. O presidencialismo tem um aspecto decisório muito forte. O sinal que se tem é que o projeto dela não é de longo fôlego, e 2014 não está em seu horizonte. Esta não era uma crise tão forte e nem motivo para pedir ajuda externa. O recado que ela deu foi: “Olha, bola dividida para mim é complicado, e Lula é craque nisso” – avalia o cientista político Luiz Werneck Viana, da PUC-Rio.

Na oposição, a leitura é que essa fragilidade política revelada pela presidente Dilma em nada ajuda uma volta de Lula em 2014, justamente porque ele é seu avalista, foi para a TV e para as ruas propagandear suas qualidades. A comparação concreta é com o caso do ex-prefeito Celso Pitta, cria do ex-prefeito Paulo Maluf, que fracassou na gestão e levou junto seu criador.

Para ACM Neto, sinais ruins

O líder do DEM na Cãmara, deputado ACM Neto (BA), diz que Dilma demonstrou não ter capacidade para conduzir politicamente o governo e precisou de uma bengala.

– Isso a longo prazo para a oposição é ótimo. Quando Lula volta dando ordens e querendo ocupar espaço, mostra que ele ainda é o cara que manda. Isso esbarra no questionamento da autoridade de Dilma. Não vejo como isso pode dar em coisa boa – diz ACM Neto.

O lider do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), exalta a grande experiência de Lula, adquirida com três derrotas e o enfrentamento de graves problemas em seu governo, em contraponto com a presidente Dilma, que está começando agora seu governo. E minimiza:

– Não se pode cobrar dela a experiência que Lula tem. Dilma ainda não adquiriu em tão pouco tempo a perfeição dessa conduta política. Temos que ter paciência e tolerância – diz Henrique Alves, explicando que não enxerga nessa movimentação de Lula uma tentativa de ocupar espaço para ser opção em 2014. – Lula faz isso para ajudar Dilma, não para diminuí-la. E nosso projeto, do PMDB, daqui a quatro anos, é Dilma e Michel de novo na reeleição. Estamos nesse projeto para valer e vamos torcer para dar certo a longo prazo.

Fonte: O Globo

“Vetarei qualquer coisa que prejudique o país”, diz Dilma

dilma_cemmulheresA presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira que vai vetar questões polêmicas que constam no texto do Código Florestal. Aprovado em sessão na Câmara dos Deputados na madrugada de ontem (25), o projeto de lei seguirá para votação no Senado.

“Não abrirei mão do compromisso com o Brasil. Temos obrigações diferentes e prerrogativas diferentes. Somos poderes e temos que nos respeitar. Eu tenho prerrogativa do veto. Se eu julgar que qualquer coisa prejudica o país, eu vetarei”, disse ela.

“A Câmara pode derrubar o veto. Você tem ainda a instância judicial. Eu sou a favor da compreensão e entendimento. O governo tem uma posição e espero que a base siga a posição do governo. Não existem dois governos”, completou.

O governo prevê dificuldades para reverter, no Senado, alguns dos pontos que passarm no texto da reforma do Código Florestal na votação da Câmara.

A versão final do texto incluiu uma emenda proposta pelo PMDB que consolida a manutenção de atividades agrícolas nas APPs (áreas de preservação permanente), autoriza os Estados a participarem da regularização ambiental e deixa claro a anistia para os desmates ocorridos até junho de 2008.

Autor da emenda que impôs a derrota ao governo na votação da Câmara, o deputado Paulo Piau (PMDB-MG) afirmou que o veto da presidente Dilma significará que ela está “se curvando aos interesses internacionais sobre a Amazônia”.

Já o relator na Câmara, o deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), disse ontem que a presidente está “desinformada” ao cogitar o veto à versão aprovada pelos deputados.

No Senado, a ordem é ganhar tempo para que os governistas elaborem um texto favorável ao Planalto, mas que agrade também a ruralistas e ambientalistas.

O governo também decidiu articular a indicação do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) para relatar o código na Casa.

Ligado à área ambientalista, Rollemberg ficaria com a tarefa de finalizar o texto na Comissão de Meio Ambiente antes de submetê-lo à votação no plenário.

Fonte: Folha.com

Crise encerra ‘lua de mel’ do governo petista de Dilma Rousseff

904-palocci_2A revelação do crescimento vertiginoso do patrimônio do ministro Antonio Palocci (Casa Civil) pela Folha, há uma semana, encerrou abruptamente a lua de mel do governo Dilma Rousseff com uma opinião pública condescendente e favorável.

Todos os governos passam pela lua de mel, mas Dilma contou com dois fatores a mais: é a primeira mulher presidente e sucessora do campeão de popularidade Luiz Inácio Lula da Silva.

Nem assim ela é, ou poderia ser capaz de passar incólume por um escândalo envolvendo Palocci, que não é um ministro qualquer.

Palocci é o centro da articulação política (que Dilma desdenha), avalista para os investidores internacionais, interlocutor do grande capital e da oposição, diplomata junto à grande imprensa.

É, ainda, chefe da Casa Civil, motor da máquina burocrática que move todas as áreas de governo.

Médico, Palocci transformou-se no homem forte da economia no governo Lula e caiu ao ser flagrado frequentando uma casa suspeita em bairro rico da capital.

Mentiu sobre suas idas lá e, enfim, articulou ou permitiu a quebra ilegal e imoral do sigilo do caseiro Francenildo, testemunha-chave.

Já seria temerário resgatar Palocci para o novo governo, ainda mais com tanto e tão disseminado poder. Agora, Dilma corre atrás do prejuízo, enquanto avolumam-se os valores dos negócios, as suspeitas sobre os clientes e as dúvidas sobre Palocci.

Desde a posse, Dilma vinha sendo elogiada pela discrição, seriedade e capacidade gerencial, com uma confortável maioria no Congresso e uma oposição fragilizada pela falta de discurso para se contrapor ao governo.

Com o escândalo, faz-se o caminho inverso. As qualidades passam num piscar de olhos a soar como defeitos.

A discrição vira silêncio, a capacidade gerencial é trocada por manobras de bastidor contra a crise, a maioria se alvoroça para plantar dificuldades e colher facilidades. E a oposição ganha não apenas discurso, mas formas de ação. Ao pedir uma CPI, no mínimo ganha holofotes.

Diz a regra política que, enquanto a economia vai bem, o resto se ajeita. Mas há também dúvidas quanto à própria economia. A previsão de crescimento acaba de cair de 5% para 4,5% neste ano, enquanto a inflação dá uma boa e uma má notícia.

A boa é que houve uma ligeira recuperação de abril para maio. A má é que, em 12 meses, de maio a maio, ela está em 6,51%, bem acima do centro da meta e um pouco até do teto de 6,5%.

Lula vem a Brasília nesta semana. Ou Dilma assume a reação, o governo e o contato com a opinião pública, ou ele volta para o campo de batalha –e para a ribalta.

Fonte: Folha.com

Dilma: País deve crescer para inflação ser controlada

size_590_dilma-discursa-sobre-inflacaoA presidente Dilma Rousseff disse hoje que é preciso que o País continue crescendo e mantenha a inflação sob controle. “É preciso que o País faça a consolidação fiscal e controle a inflação. A inflação controlada, no médio e longo prazo permitirá que o País cresça. Mas nós temos de garantir que, para que essa inflação seja efetivamente controlada, no médio e no longo prazo nosso País cresça”, destacou, durante o discurso de instalação da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, no Palácio do Planalto. Segundo ela, os aspectos macroeconômicos precisam privilegiar o crescimento e a expansão da taxa de investimento.

Dilma afirmou ainda que o Brasil precisa encontrar seu modelo de gestão para o crescimento sustentável e o desenvolvimento econômico. Segundo ela, a criação da câmara ocorre em um dos momentos fundamentais de definição de seu governo. Segundo ela, o País entrou em uma trilha de desenvolvimento com inclusão social e de crescimento econômico com estabilidade monetária e fiscal.

Segundo Dilma, nenhum país será rico de fato sem enfrentar a miséria, mas também não houve avanço econômico nos países que não enfrentaram o desafio de transformar o Estado de forma adequada ao crescimento e ao desenvolvimento.

Dilma citou movimentos históricos ocorridos na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Alemanha, no Japão e, mais recentemente, na China, buscando as precondições para dar um salto no crescimento sustentável. Segundo a presidente, muito já foi feito no Brasil, mas é preciso ir além.

Para ela, é preciso ter um Estado meritocrático, que a relação entre o público e o privado não seja oposta e que o Estado, as empresas, os trabalhadores e a sociedade tenham clareza em seus objetivos.

Fonte: Estadão

Dilma cobrará de prefeitos e governadores agilidade nas obras para a Copa

emblema-oficial-copa-do-mundo-2014A presidente Dilma Rousseff vai se reunir com governadores e prefeitos das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 para cobrar agilidade nas obras de infraestrutura para o Mundial, especialmente às relacionadas ao transporte urbano, informou hoje o ministro do Esporte, Orlando Silva. A reunião está marcada para o dia 30 de maio.

De acordo com o ministro, 70% das obras de transporte urbano devem começar ainda este ano e 54 projetos já foram selecionados para melhorar a mobilidade das pessoas nas cidades.

Sobre atrasos no cronograma das obras, o ministro afirmou que, em 2012, os brasileiros terão a sensação de que o país está caminhando “bem” para cumprir os compromissos assumidos com a Federação Internacional de Futebol (Fifa).

Segundo ele, as obras já foram iniciadas em dez estádios e em Natal (RN), última licitação que foi feita, os trabalhos devem começar em breve. O 12º estádio, em São Paulo (SP), será construído pela iniciativa privada e as obras ainda não tiveram início.

“Na virada de 2011 para 2012, a percepção sobre a preparação do Brasil vai mudar, porque o estágio das obras das arenas será completamente diferente”, disse Orlando Silva, ao participar do programa de rádio Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços.

Em relação aos aeroportos, Orlando Silva afirmou que a ordem da presidente é antecipar a concessão de parte das obras à iniciativa privada. “O prazo é curto, mas o suficiente para modernizarmos os aeroportos”, disse. Estudo divulgado recentemente pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que, dos 12 aeroportos em ampliação, nove não ficarão prontos a tempo para os jogos de 2014.

As 12 cidades que vão sediar a Copa de 2014 são: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Recife e Salvador.

Fonte: Agência Brasil

Dilma promete em cadeia de rádio e TV ‘jogar duro’ contra inflação

size_590_presidente-dilmaA presidente Dilma Rousseff afirmou na noite desta sexta (29), em pronunciamento em cadeia de rádio e TV dedicado ao Dia do Trabalho, que vai “jogar duro” contra a inflação. Ela também anunciou que lançará “nas próximas semanas” o programa “Brasil sem Miséria”, destinado a erradicar a pobreza extrema, proposta da presidente na campanha eleitoral.

Segundo Dilma, além de gerar empregos, o governo precisa garantir a estabilidade dos preços. “Tão importante quanto garantir o emprego é garantir o poder de compra do salário, para que o trabalhador e a trabalhadora possam colocar boa comida na mesa, comprar sua geladeira nova, sua televisão e o seu carrinho. Garantir o poder de compra do salário significa jogar duro contra a inflação”, afirmou.

De acordo com a presidente, o Brasil está preparado para responder às pressões inflacionárias e desafios como escassez de mão de obra e gargalos na infraestrutura.

“Tenha certeza: assim como fomos um dos países que melhor reagiu à crise financeira internacional, estamos preparados para enfrentar pressões inflacionárias que rondam, no momento, a economia mundial.”

A presidente também voltou a dizer que os problemas enfrentados no país hoje são decorrentes do desenvolvimento da economia. “Feliz de um país que tem desafios gerados pelo crescimento, no momento em que grande parte do mundo vive a estagnação e o desemprego. Feliz de um país que está alerta e tem instrumentos para responder, sem titubear, a cada um desses desafios”, disse.

Segundo Dilma, o governo está incentivando o aumento de investimento e a competitividade no setor produtivo, tanto na indústria como no campo. “Estamos atentos aos mínimos detalhes da economia e buscando, na hora certa, soluções para os problemas”, afirmou.

‘Brasil sem Miséria’
A presidente afirmou que o maior desafio do Brasil é acabar com a extrema pobreza e anunciou o nome do programa que terá prioridade nos seus quatro anos de mandato.

“Convoco todos os brasileiros, sem exceção, para vencermos juntos a batalha contra a miséria. Essa á uma grande bandeira do meu governo. Nas próximas semanas, daremos um passo importante para concretizá-la com o lançamento do programa Brasil sem Miséria”, disse.

De acordo com a presidente, o novo projeto vai “articular e integrar novos e antigos programas sociais, ampliar recursos e oportunidades e mobilizar todos os setores da sociedade para a luta decisiva de acabar com a pobreza extrema”.

Dilma afirmou que os principais programas iniciados na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vão parar. “Nossos grandes programas de infraestrutura econômica, como o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], e de infraestrutura social, como o Minha Casa, Minha Vida, seguirão sem interrupções.”

Classe média
No pronunciamento, que durou mais de nove minutos, Dilma também disse que o governo tem compromisso com a classe média.

Segundo ela, ações como o Programa Nacional de Acesso à Escola Técnica (Pronatec), que prevê bolsas e financiamento para capacitação profissional, além da oferta de bolsas para jovens de baixa renda em universidades estrangeiras, ajudarão a melhorar a qualidade de vida dos brasileiros de renda média.

“São iniciativas que demonstram o compromisso especial que nosso governo tem com os pobres e com a classe média. Com os pobres, para garantir que subam na vida. Com a classe média, para garantir que seu padrão de vida melhore ainda mais”, disse.

Fonte: G1

No reencontro com metalúrgicos, Lula vê imprensa ‘de namorico’ com Dilma

image_previewNa abertura do 8º Congresso da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM-CUT), nesta quarta-feira (27), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve o primeiro reencontro com o movimento sindical desde que deixou o cargo. Em seu discurso, ele disse que setores da imprensa estão de “namorico” com o governo da presidenta Dilma Rousseff para tentar criar divergências entre ele e sua sucessora.

Lula rebateu o que ele classificou como boatos de que ele e a presidenta Dilma Rousseff estivessem em conflito. “Um setor da imprensa está de ‘namorico’ com o governo Dilma para causar divergência entre eu e ela”, pontuou. A seguir, repetiu o que havia declarado em entrevistas anteriores: “Não existe divergências, porque o dia que eu e ela discordarmos, ela está certa”.

Para ele, a mídia também distorce informações sobre a alta da inflação. “Estão inventando inflação. Eu ontem vi um pronunciamento da Dilma e do Guido Mantega (ministro da Fazenda), e sinto toda a firmeza. Nós não vamos permitir que a inflação volte. Nós, não só eles; como consumidores somos responsáveis para que não volte”, insistiu.

Bem-humorado durante os 40 minutos de discurso, Lula admitiu que ainda não “desencarnou” completamente da Presidência da República. “Ainda não ‘desencarnei’ (da Presidência) totalmente, como vocês podem ver. Não é uma tarefa fácil a ‘desencarnação'”, brincou. “Assumi compromisso com a Dilma de que é preciso manter o processo de ‘desencarnação’ para não comprometê-la”, afirmou o ex-presidente.

Apesar disso, Lula declarou que seu gradual afastamento da presidência deveria servir de exemplo. “Queria ensinar a alguns ex-presidentes para que se mantenham como eu e deixem a Dilma exercer o mandato dela”, provocou. A referência velada teve como alvo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Ele foi além nas críticas à oposição e foi ovacionado por isso. “O ‘nunca antes na história deste país’ era para provocar a oposição, porque eu sei o tanto que já falaram de mim, com discursos cheios de preconceito. (Eu) me determinei a provar que eu seria mais competente que eles para governar o país”, orgulhou-se.

O ex-presidente ressaltou ainda, em diversos momentos de seu discurso, a proximidade do governo com o movimento sindical. “Duvido que, na história da humanidade, tenha (havido) um governo que executou a democracia como o Brasil. Nunca houve tantas conferências sindicais. Em outros países, sindicalista é visto como inimigo do governo.”

Ele também celebrou o que considera ser uma ação de inclusão social implantada em seus dois mandatos e mantida na gestão de Dilma. “No Palácio do Planalto, que antes só recebia príncipes e banqueiros, agora continua recebendo príncipes e banqueiros, mas também os moradores de rua e deficientes físicos. É pra mostrar que eles podem entrar em uma igreja, num metrô ou num shopping center”, disse.

Fonte: Rede Brasil Atual

Dilma entre os mais influentes da “Time”

f_41208A presidente Dilma Rousseff foi eleita uma das 100 pessoas mais influentes do ano pela revista americana Time ao lado de outras personalidades como artistas, políticos, pesquisadores e ativistas. O texto de apresentação sobre Dilma foi escrito pela ex-presidente do Chile e diretora-executiva das Nações Unidas da Mulher, Michele Bachelet “Não é fácil ser a primeira mulher a governar o seu país. Além da honra que ela significa, ainda existem preconceitos e estereótipos de enfrentar”, afirma Bachelet.

Bachelet disse que esse desafio de governar é ainda maior porque Dilma tem a responsabilidade pela condução política e econômica de um país emergente. De acordo com a chilena, quando as sociedades começam “a ver a luz do desenvolvimento no final do túnel”, cria-se uma onda de otimismo e entusiasmo nos cidadãos. “Mas os desafios se tornam mais complexos e os cidadãos mais exigentes. É ainda mais difícil governar um país tão grande e globalmente relevante como o Brasil”, acrescentou a ex-presidenta do Chile.

A lista da Time inclui também a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, o fundador do Wikileaks, Julian Assange, o presidente e a primeira-dama dos Estados Unidos, Barack e Michelle Obama, o ator Colin Firth, protagonista de O discurso do rei, o fundador do Facebook, Mark Zucerberg, o estilista Tom Ford, a atriz Blake Lively, do seriado Gossip Girl, e o cantor adolescente Justin Bieber.

Fonte: Revista Época

ONU envelheceu e entrada do Brasil não é capricho, diz Dilma

dilma-patriota-ae-hg-0110420Após colher apoios explícitos de Estados Unidos e China por um assento no Conselho de Segurança das ONU (Organização das Nações Unidas), a presidente Dilma Rousseff reforçou diante de novos diplomatas brasileiros, a intenção do país em fazer parte do seleto grupo, que decide questões de paz e guerra no mundo.

Repetindo argumentos delineados nos últimos anos pela política externa por uma “governança multipolar”, Dilma disse que a ONU “envelheceu”.

– As instituições internacionais de outrora se tornaram obsoletas. […] Há muito o que fazer, há que reformar essa governança e dar a ela a representação que os países emergentes tem hoje no cenário internacional.

Ao falar que a reforma do Conselho “não é um capricho do Brasil”, a presidente disse que, mais representativo, o órgão daria “efetiva importância” à questão da paz e da segurança.

– Reflete a necessidade de ajustar esse importante instrumento da governança mundial à correlação de forças do século 21. Exige que as grandes decisões a respeito [da paz e da segurança] sejam tomadas por organismos representativos e por essa razão, mais legítimos.

A presidente também ressaltou a relevância que diversos outros grupos, órgãos e fóruns internacionais, como o Ibas, o G20 e os Brics, ganharam nos últimos anos.

Fonte: R7

Dilma diz que pretende derrubar juro durante seu governo

dilmaA presidente Dilma Rousseff disse hoje, em Pequim, que pretende “derrubar” o juro ao longo de seu governo, para torná-lo compatível com a taxa internacional. “Não vou derrubar depois de amanhã. Estou dizendo que é num horizonte de quatro anos. É possível, sim, perfeitamente. Esse é o desafio que o Brasil vai ter de enfrentar, pelo menos desta vez”, afirmou.

A declaração de Dilma ocorreu ao término de um dia repleto de compromissos entre ela e o presidente da China, Hu Jintao. Em rápida entrevista, a presidente admitiu que o câmbio no Brasil ainda é motivo de “grande preocupação”. “Nós temos tomado todas as medidas num quadro em que a política cambial é de câmbio flexível. Todos nós sabemos, perfeitamente, o porquê nós estamos (fazendo isso). Vai desde a política de ajuste dos países desenvolvidos até o fato de que o Brasil ainda opera com taxa de juro mais elevada que o resto do mundo”, argumentou a presidente. “Não é uma situação que nós resolvamos por decreto.”

Dilma afirmou que o governo está “consciente, alerta e tomando todas as medidas necessárias para que isso não se transforme em problema maior do que já é.” Ao ser questionada sobre as reclamações de empresários brasileiros, que dizem ter dificuldades para exportar para a China, justamente por conta do câmbio, a presidente disse que hoje o mundo assiste a um processo pelo qual a disponibilidade de grande liquidez provoca processos “extremamente instáveis” de valorização de moedas. “Temos visto um esforço imenso que o Ministério da Fazenda e o Banco Central vêm fazendo no sentido de coibir movimentos especuladores. Vamos continuar perseguindo isso”, insistiu.

Fonte: Estadão

Dilma terá agenda intensa na China e deve voltar ao Brasil no dia 18

f_41208A presidente Dilma Rousseff está com a agenda livre hoje em Pequim, na China, depois de enfrentar mais de 24 horas de viagem, com escala na Grécia, onde se reuniu com o primeiro-ministro Georgious Papandreou. A Grécia foi o terceiro país visitado por Dilma, que desde que assumiu o governo foi à Argentina, em janeiro, e a Portugal, em março.

Nesta terça-feira, o dia de trabalho da presidente será intenso, incluindo reuniões com o presidente chinês, Hu Jintao, e participação em dois eventos distintos – o Diálogo de Alto Nível Brasil-China em Ciência, Tecnologia e Inovação e o Seminário Empresarial Brasil-China: Para Além da Complementaridade.

Dilma fica fora do Brasil até o dia 18. A previsão é que no retorno da viagem, ela faça duas escalas – em Praga, na República Tcheca, e em Lisboa, Portugal. Na China, além de discutir temas bilaterais, a presidente se reunirá com os líderes dos países que formam o Bric – Brasil, Rússia, Índia e China e, a partir do dia 14, também a África do Sul, quando o bloco se chamará Brics.

Na cidade chinesa de Sanya, haverá a 3ª Cúpula do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e estarão presentes o presidente da China, Hu Jintao, da Rússia, Dmitri Medvedev, o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, e o presidente da África do Sul, Jacob Zuma.

A cúpula marca o ingresso da África do Sul no grupo, ampliando a representatividade geográfica do bloco no momento da discussão sobre as reforma do sistema financeiro internacional e do Conselho de Segurança das Nações Unidas. No período de 2003 a 2010, o crescimento dos países do Brics representou cerca de 40% da expansão do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, atingindo US$ 19 trilhões – o que corresponde a 25% da economia mundial.

No próximo dia 15, Dilma participará da 10ª Conferência Anual do Fórum de Boao para a Ásia, cujo tema é Desenvolvimento Inclusivo: Agenda Comum e Novos Desafios. Criado em 1998, o fórum é uma organização não governamental que busca se estabelecer como o “Davos” asiático. Boao fica na província de Hainan, no sul da China. Participam das discussões líderes políticos, empresários e acadêmicos.

Fonte: Agência Brasil

Dilma vai à China buscar investimentos em tecnologia

eco288O Brasil quer fábricas chinesas, quer investimentos chineses em infraestrutura, quer que a China seja mais do que uma compradora de terras, soja e minérios. Essa é a ambição da “diplomacia de resultados” que vai acompanhar a visita da presidente Dilma Rousseff à China a partir de amanhã.

A presidente pediu ao Itamaraty que agendasse visitas a empresários e empresas de tecnologia digital. Além do anúncio da encomenda de aviões à Embraer, Dilma está certa que voltará com um contrato de US$ 200 milhões para que a ZTE (eletroeletrônica) comece a se instalar em Hortolândia (SP).

Para “vender” o Plano Nacional de Banda Larga – xodó de sua administração – aos chineses e dar ênfase à ciência e tecnologia nas parcerias, Dilma vai visitar a fábrica da ZTE, em Xian, e se reunir, entre outros, com executivos da Huawei. Líder no mercado de banda larga fixa e móvel, a Huawei atua no Brasil desde 1999 em parcerias com as principais operadoras de telefonia.

Na lista de documentos a assinar pelos dois presidentes há, em meio a memorandos com promessas vagas de cooperação, três acordos envolvendo grandes empresas estatais e que são relevantes para a captação de tecnologia. A Eletrobras e a State Grid vão desenvolver linhas de transmissão de energia a longa distância. A Petrobras e a Sinopec fecharão acordos nas áreas de tecnologia de prospecção e pesquisas geológicas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Agência Estado

“Brasil” e “mulheres” estão entre palavras mais repetidas nos discursos de Dilma em cem dias

nuvem_tags_dilma_700Em cem dias de governo, a presidente Dilma Rousseff fez 31 discursos. Ao todo, mais de 51 mil palavras foram ditas, em pronunciamentos realizados em Brasília, em vários Estados do país e no exterior.

Dilma falou em sua posse, no dia 1º de janeiro, em anúncios e eventos relacionados a programas de seu governo, encontros com governadores, audiências no Congresso e recepções oferecidas a atletas, representantes de movimentos sociais e autoridades estrangeiras, entre elas o presidente americano, Barack Obama.

Neste período, as palavras “país” e “Brasil” foram as mais citadas pela presidente: 269 e 263 vezes, respectivamente, segundo levantamento feito pelo R7 com todos os discursos de Dilma entre 1º de janeiro e a última quinta-feira (7).

O nome do ex-presidente “Lula”, seu antecessor no cargo e padrinho político, apareceu 58 vezes. As palavras “mulher” (67) e “mulheres” (118) também foram ditas com frequência, o que indica a importância dada pela presidente – a primeira governante do sexo feminino a ocupar o Palácio do Planalto – ao tema da igualdade de gênero.

A presidente, que elegeu a erradicação da miséria como objetivo principal de sua gestão, falou a palavra “miséria” 38 vezes. “Pobreza” apareceu 44 vezes, “pobre” surgiu sete vezes e “pobres”, dez.

A sigla “PAC”, iniciais de Programa de Aceleração do Crescimento, menina dos olhos de Dilma desde os tempos em que era ministra-chefe da Casa Civil, foi pronunciada 24 vezes. O termo “desenvolvimento”, associado à meta do atual governo de dar continuidade ao bom momento da economia brasileira e oferecer melhores condições de vida à população, teve 65 menções.

Os temos “saúde” (88) e “educação” (83), que se referem a dois dos principais pilares da área social, também figuram entre os mais citados pela presidente. Foram ainda 63 referências ao “Nordeste”, região que votou em peso na candidata do PT e foi crucial para sua eleição, no ano passado.

Fonte: R7

‘Só não estuda quem não quer’, diz Dilma

A presidente Dilma Rousseff informou nesta segunda-feira, 4, que 34 mil alunos contrataram financiamento estudantil do governo desde 31 de janeiro e outros 29 mil processos estão sob análise. Ao comentar as novas regras do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), Dilma disse, em seu programa de rádio Café com a Presidenta, que “só não estuda quem não quer”.

Os números, porém, foram avaliados como baixos pela presidente. Dilma lembrou da taxa de juros cobrada atualmente no Fies – 3,4% – e que o prazo para início do pagamento foi estendido para um ano e meio após a formatura. O montante pode ser pago em um período que represente três vezes a duração do curso, mais 12 meses.

De acordo com as novas regras do Fies, não há mais um período limitado para pedir o financiamento estudantil. As inscrições para o programa podem ser feitas a qualquer momento, de acordo com a necessidade do aluno.

Fonte: Agência Brasil

Dilma tem melhor avaliação no combate à pobreza e pior na saúde e nos impostos

f_41208Embora tenha, no geral, uma alta aprovação (56% consideram a gestão boa ou ótima), os três primeiros meses do governo de Dilma Rousseff têm avaliações diferentes dependendo da área.

Pesquisa Ibope divulgada nesta sexta-feira (1º) mostra que o melhor desempenho da nova administração está no combate à fome e à pobreza: 61% dos entrevistados aprovam a política da presidente nesta área, 33% desaprovam e 6% não souberam responder.

O objetivo de erradicar a miséria no país tem sido frequentemente enfatizado nos discursos, entrevistas e propagandas de Dilma desde que foi eleita, em outubro de 2010.

Já a saúde e a política de impostos têm as piores avaliações. Em ambos setores, 53% desaprovam o que o governo tem feito ou planejado.

Na saúde, apenas 41% dos brasileiros aprovam a política da nova presidente. A avaliação é melhor nos municípios menores e de interior.

Nos impostos, apenas 36% aprovam a atual política para diminuir a carga tributária. Quanto maior a renda familiar, pior é a avaliação.

A pesquisa, feita a pedido da CNI (Confederação Nacional da Indústria), avaliou nove áreas. Em quatro delas, a maioria aprovou as políticas: além de combate à pobreza, prevaleceu uma visão positiva sobre o combate ao desemprego (58% de aprovação, contra 35% de desaprovação), meio ambiente (54% aprovam, 36% não) e educação (52%, contra 43%).

Na área mais ligada à política monetária, os resultados são menos animadores. Para 48%, o governo vem tomando medidas adequadas para combater a inflação, contra 42% que acham o contrário. A principal medida para isso, porém, o aumento da taxa de juros, divide a população: 43%considera que o governo está certo e 43% acha que não.

Por fim, na área de segurança, a avaliação é mais negativa: 49% dos entrevistados desaprovam as políticas até agora demonstradas, enquanto 44% as aprovam.

Fonte: R7