O presidente Michel Temer afirmou neste domingo (10), durante viagem oficial a Buenos Aires, que se a reforma da Previdência não for votada ainda neste ano na Câmara, deverá ser analisada no início do ano que vem.
Questionado por jornalistas, ele disse que supõe ser possível o plenário apreciar o tema ainda neste ano. Mas, se não der, Temer avalia que a matéria não ficará parada.
“Eu suponho que talvez seja possível [votar em 2017], mas, se não for, vamos encerrar a discussão ainda neste ano e essa matéria da Previdência não vai parar. Se não for neste ano, será no início do ano que vem”, afirmou o presidente, após discursar em conferência da Organização Mundial do Comércio.
O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), um dos principais articuladores em favor da reforma, anunciou neste sábado (9) que vai iniciar a fase de debates da proposta no plenário do dia 14. A previsão de governistas é que, passado o debate, a votação possa ser realizada no dia 18.
No entanto, o governo corre contra o tempo para conquistar os votos que ainda faltam. O recesso parlamentar no Congresso começa oficialmente no dia 22 de dezembro e vai até fevereiro. Votar a Previdência em 2018 é considerado mais difícil, por se tratar de um ano eleitoral.
Além de precisar de 308 votos dos 513 deputados em dois turnos na Câmara, o texto ainda precisa passar pelo Senado. O governo teria uma vitória se o tema precisasse ser analisado só pelo Senado em 2018.
Fonte: G1
