O ex-deputado e ex-assessor do presidente Michel Temer, Rodrigo Rocha Loures, foi preso em casa, em Brasília, neste sábado (3). Pouco depois das sete da manhã, ele chegou à Superintendência da Polícia Federal, onde passará a cumprir a prisão preventiva determinada pelo relator da Lava-Jato no Supremo, o ministro Luis Edson Fachin.
Ele está em uma cela de 9 metros quadrados, com beliche e uma cama. O local não tem TV, pia, chuveiro, nem janelas. Loures vai ficar sozinho na cela.
Loures foi flagrado recebendo R$ 500 mil de propina da JBS em uma mala – o pagamento inicial de um suborno acertado pra valer durante 20 anos, segundo Joesley Batista. As imagens são provas da delação de executivos da JBS.
Segundo Joesley Batista, Rodrigo Rocha Loures foi indicado pelo presidente Michel Temer como interlocutor para resolver assuntos da empresa junto ao governo.
Loures era deputado na vaga de Osmar Serraglio, então ministro da justiça. Com a volta de Serraglio à Câmara, que é o titular do cargo, ele perdeu o foro privilegiado.
O ministro Fachin acolheu a um novo pedido de prisão feito pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot. O relator reafirmou que Loures só não tinha sido preso antes porque tinha imunidade parlamentar. Na decisão, que a TV Globo teve acesso, Fachin diz que os crimes vêm sendo cometidos por Loures há longa data e que houve aprofundamento de “métodos nefastos de autofinanciamento em troca de algo que não lhe pertence, que é o patrimônio público”.
Fonte: Jornal Hoje
