A Petrobras reajustou o diesel pela segunda vez em menos de um mês e provou que está disposta a repassar alguma volatilidade externa ao mercado doméstico para a garantir rentabilidade de sua unidade de abastecimento, afirmaram analistas de mercado em relatórios a clientes nesta sexta-feira.
A Petrobras anunciou na quinta-feira que haverá redução do preço do diesel nas refinarias em 5,1 por cento e da gasolina em 1,4 por cento a partir desta sexta.
Foi a quinta vez que a empresa realizou reajustes desde outubro, quando a nova política passou a valer. Desde então, a empresa reduziu o preço do diesel três vezes e elevou duas. Já a gasolina teve três quedas e uma alta.
Em 5 de janeiro, a empresa havia aumentado em 6,1 por cento o preço do diesel.
“Esta segunda mudança de preço do combustível, em um período de três semanas, reforça o compromisso da companhia em implementar de forma pragmática e consistente sua política de preços”, afirmou o Santander Brasil em nota a clientes.
O Credit Suisse destacou que o movimento da Petrobras mostra que a petroleira pode e está reajustando preços com uma frequência maior do que uma vez por mês.
“Também mostra que a empresa está passando volatilidade, mesmo quando isso exige ajustes sequenciais para cima e para baixo, ao invés de adotar uma abordagem ‘esperar para ver'”, disse o banco em um relatório a clientes.
Já o Itaú disse que os ajustes contínuos dos preços dos combustíveis reforçam o compromisso da Petrobras com a nova política. E que os movimentos não devem impactar tanto as ações, porque já são esperados pelo mercado.
Fonte: DCI