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PV próximo de virar governista

pv1Depois de ter lançado o jornalista Sérgio Xavier candidato ao Governo do Estado, o PV estaria ensaiando apoiar o governador reeleito Eduardo Campos (PSB) que, em janeiro, iniciará seu segundo mandato. Com o apoio, a Frente Popular aumentaria para 16 partidos. Nos bastidores, um grupo de verdes, majoritários na Executiva Estadual da legenda, estaria costurando a migração diretamente com o próprio Campos e com o presidente estadual do PSB, Milton Coelho. De quebra, o partido poderia já desembarcar no governo comandando um espaço no primeiro escalão estadual. Fala-se na Secretaria de Meio Ambiente. Eduardo estuda a criação de uma pasta para a área, hoje sob a batuta da Ciência e Tecnologia.As negociações para o PV ingressar na base governista teriam à frente o próprio Sérgio Xavier, que preside a sigla em Pernambuco, além do ex-deputado estadual Roberto Leandro, que dirigiu o Detran no Governo Eduardo. Ex-militante do PT, Leandro era ligado à tendência do senador eleito Humberto Costa (PT). Leandro e Xavier fariam parte de um grupo mais à esquerda no PV. Em reserva, verdes atestaram que a formalização do apoio é uma questão de tempo. Sérgio Xavier, que terminou em terceiro na disputa para governador (86.543 votos), não retornou às ligações da reportagem.

Vice-presidente estadual do PV, o vereador do Recife Daniel Coelho negou veementemente o movimento pró-Eduardo. Segundo o dirigente, nunca houve uma reunião na Executiva estadual da sigla para discutir apoio formal ao governador. “Agora, que em todo partido tem gente querendo trocar apoio por cargos, tem”, admitiu Daniel Coelho, que elegeu-se deputado estadual em outubro passado. Ele, inclusive, é apontado como um dos potenciais líderes da oposição na Assembleia Legislativa. “Ainda que o partido migre, a bancada na Assembleia (ele foi o único filiado eleito) ficará na oposição”, garantiu.

Na contramão do quase neoaliado PV, outros partidos que já apoiavam Eduardo antes da eleição continuam sem perspectivas de espaços no primeiro escalão. É o caso do PTC – agraciado com apenas uma vaga na Mesa Diretora da Assembleia -, PSC, PHS, PSL e PSDC.

Fonte: Folha de Pernambuco