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PV pode liderar oposição

pv2Esvaziada desde a eleição de outubro, quando tornou-se ainda menor, a oposição à gestão do governador Eduardo Campos (PSB) está próxima de anunciar sua configuração para o segundo mandato do socialista. Numa articulação que mira as eleições de 2012 e 2014, o PSDB estadual está prestes a fechar um compromisso com a ala do PV liderada pelo vereador e deputado estadual eleito Daniel Coelho, favorito para assumir a liderança da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Sob a bênção do senador Sérgio Guerra, cacique máximo do PSDB no Estado, o acordo PSDB-PV se prepara para ser apresentado sob a embalagem de oposição light, moderna e construtiva.Numa estratégia costurada com a ajuda da deputada estadual Terezinha Nunes (PSDB), que deixa a Casa em janeiro, e pela vereadora Aline Mariano (PSDB), colega de Coelho na Câmara do Recife, o PV se une ao PSDB como representação partidária na Alepe – formando um bloco – em troca do apoio dos tucanos ao nome do verde para a liderança da oposição. Questionado pela reportagem, Daniel Coelho preferiu não falar sobre o assunto. Admitiu, no entanto, que já conversou com os dez parlamentares que podem formar a nova oposição. “O que deve haver primeiro é um consenso sobre o formato dessa oposição. Depois vamos discutir os nomes”, disse.

Depois de uma eleição onde minimizaram a figura da “posição partidária” e preocupados com a imagem do PSDB no cenário estadual, cada vez mais protagonizado pelo PSB, os tucanos veem com bons olhos a ideia de ratificar o nome do vereador recifense no cargo. Acreditam que, ao mesmo tempo que demarcam um território, não se contrapõem diretamente ao governador, com quem pretendem manter relações mais que cordiais. Para a concretização, o acordo depende apenas da palavra final de Guerra. Há expectativa de que as articulações acelerem após o retorno de Terezinha Nunes ao Brasil (ela estava nos Estados Unidos), agendado para hoje.

Ao DEM, que elegeu apenas dois deputados estaduais na eleição de outubro, restaria a vice-liderança da oposição. Entre os deputados, o ex-prefeito de Caruaru e parlamentar eleito Tony Gel já externou sua pretensão de liderar a oposição, mas no caso de o PSDB confirmar a participação no grupo, é praticamente impossível que seu projeto se concretize. Desde que anunciou apoio à candidatura de Augusto Coutinho (DEM) à Câmara Federal, Tony Gel comprou briga com Sérgio Guerra, que teria acertado financeiramente, em 2008, o apoio do ex-prefeito ao seu projeto político. Muito fragilizados numericamente, PMDB e DEM ficam, assim, a reboque do bloco PSDB-PV.

Outro fato que deixa os tucanos ainda mais distantes da base governista é a eleição de 2012. Se a barca governista já está cheia demais (mais de 15 partidos) para o Palácio administrar os espaços nas eleições municipais, o PSDB enxerga que precisa se preservar para a disputa. Três deputados estaduais, por exemplo, são pré-candidatos contra possíveis postulantes governistas. Betinho Gomes trabalha para se eleger no Cabo de Santo Agostinho (Região Metropolitana do Recife), Édson Vieira em Santa Cruz do Capibaribe (Agreste) e Carlos Santana em Ipojuca (Região Metropolitana do Recife).

Fonte: Jornal do Commercio

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