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Primeiros casos da variante delta da Covid-19 são registrados em moradores de Pernambuco

O governo de Pernambuco confirmou, nesta quinta-feira (12), os dois primeiros casos da variante delta da Covid-19 em pacientes que moram no estado. A Secretaria Estadual de Saúde informou que vai investigar se houve transmissão comunitária.

Os novos casos foram confirmados durante entrevista coletiva, no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo do estado, no Centro do Recife.

Participaram da coletiva o secretário estadual de Saúde, André Longo, e o representante da Sociedade Brasileira de Imunizações Eduardo Jorge da Fonseca.

Com esses novos registros, sobe para sete o número de notificações da variante delta de Pernambuco. Os outros cinco foram identificados em tripulantes filipinos do navio cargueiro Shoveler, que ficou retido por um período de quarentena, mas seguiu viagem.

Os novos casos, de acordo com o secretário estadual de Saúde, André Longo, são de dois homens que moram em Abreu e Lima e em Olinda, no Grande Recife. Eles têm 24 e 29 anos e sentiram os sintomas em 15 de julho.

Os pacientes foram notificados no sistema e-SUS, voltado para os casos leves da doença, sem necessidade de hospitalização. O governo disse que eles ficaram curados.

A Secretaria Estadual de Saúde disse também que, em análise preliminar, identificou que os homens tomaram a vacina contra a Covid-19. Isso pode ter auxiliado para que os sintomas fossem leves.

De acordo com o sistema de informação do Ministério da Saúde, o homem de 24 anos completou o esquema vacinal em março, com a vacina da Coronavac/Butantan. A pessoa de 49 anos tomou a primeira dose da Pfizer, em meados de maio.

Sobre a transmissão comunitária da variante, o secretário afirmou que é “muito possível e até provável”, mas ressaltou que “isso será visto nas próximas horas e nos próximos dias”. Longo disse que não estão previstas barreiras terrestres e aéreas para barrar a variante, como ocorreu no Ceará.

“É muito provável que a variante Delta já esteja em circulação no Brasil, em todos os estados, há mais de um mês. A gente tem conversado com sanitaristas e tem se observado que a introdução tem sido mais lenta do que em outros locais”, comentou.

Ainda segundo Longo, os caso de Pernambuco são de julho. “Se tivéssemos um surto, os indicadores deveriam já estar dando alguma diferença. Nós mostramos os indicadores e eles estão todos em queda”, comentou.

Diante disso, Longo afirmou que o governo está agindo com cautela. “Nesse momento, a gente não está anunciando nenhum avanço no plano, mas também nenhum recuo. Mas é fundamental é que a população entenda a importância de reforçar cuidados”, declarou.

O gestor explicou que a transmissão comunitária se define quando não há como identificar como a pessoa se contaminou. Ele afirmou, ainda, que recebeu esse laudo poucos minutos antes de ir para a coletiva e achou importante “já passar essa informação”.

“Minha equipe já está atrás de todos os contatos dessas pessoas para saber se alguém adoeceu, quem adoeceu e se tem algum caso de transmissão ativa. A vigilância genética tem um tempo que por vezes demora mais que o desejável, estamos falando de 20, 25 dias, mas vamos puxar um fio para identificar toda a ramificação disso”, afirmou.

Para o gestor, o momento é de reforçar os cuidados, usar máscaras e principalmente, tomar a vacina contra o novo coronavírus.

Fonte: G1