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Polícia mata terroristas, e quatro reféns são mortos no sequestro em Paris

Os dois cercos na França terminaram nesta sexta-feira (9) com a morte de três terroristas e ao menos quatro reféns. Os irmãos Chérif e Said Kouachi, supostos autores do ataque ao jornal Charlie Hebdo, foram mortos pela polícia após horas de cerco na cidade de Dammartin-en-Goêle, no Norte do país.

Em uma loja de produtos judaicos em Paris, um homem supostamente ligado aos suspeitos que mantinha reféns desde a manhã foi morto pela polícia. Ao menos quatro pessoas que estavam na loja teriam sido executadas. Hayat Boumeddiene, que participou do sequestro no mercado, continua a ser procurada pelos agentes.

Amedy Coulibaly, de 32 anos, entrou no mercado Hyper Cacherm, em Porte de Vincennes (Leste de Paris), armado com dois fuzis kalashnikov. Anteriormente, havia relatos de que ele estava acompanhado de sua namorada, Hayat Boumeddiene, de 26 anos. Aparentemente, no entanto, a mulher não entrou no local e está sendo caçada pela polícia. Mais cedo, Coulibaly teria originado um tiroteio de 20 segundos, provocando ao menos duas mortes e várias pessoas teriam ficado feridas.

Ao mesmo tempo em que a polícia invadia a mercearia em Paris, por volta de 14h10 (horário de Brasília), as forças de segurança atacavam, no Norte da França, uma gráfica onde os irmãos Chérif e Said Kouachi estavam escondidos. Os suspostos responsáveis por um dos piores ataques terroristas na História da França foram mortos na operação, encerrando uma caçada de dois dias. 

Policiais afirmaram, de acordo com o “Le Figaro”, que o suspeito em Porte de Vincennes teria dito a eles “vocês sabem muito bem quem sou”. Ele teria ameaçado matar reféns caso os irmãos Kouachi não saíssem ilesos do outro cerco. Hayat Boumeddiene seria namorada de Coulibaly, e o teria acompanhado em atividades de treinamento terrorista, segundo fontes.

Coulibaly e os irmãos Kouachi teriam integrado a mesma célula jihadista, localizada em Buttes-Chaumont, em Paris. Ele e Chérif Kouachi seriam seguidores do franco-argelino Djamel Beghal, condenado em 2005 por terrorismo. Beghal admitiu ter conspirado para fazer um atentado contra a embaixada americana em Paris.

Coulibaly teria sido ainda condenado a cinco anos de prisão em dezembro de 2013 por ajudar na fuga de Smaïn Aït Ali Belkacem, uma das cabeças do atentado de 1995 ao Musée d’Orsay. Ele havia sido condenado à prisão perpétua em 2002.

Mais cedo, a Praça do Trocadéro, no entorno da Torre Eiffel, foi esvaziada. Durante 20 minutos, o local ficou esvaziado e o metrô não parou na estação mais próxima. Relatos dão conta de que poderia ter havido mais um incidente armado, mas fontes da imprensa afirmam que o ministro do Interior, Bernard Cazaneuve, disse se tratar de um alarme falso.

O secretário nacional do Parti de Gauche, Alexis Corbiere, flagrou policiais e bombeiros se dirigindo ao local. Ele disse ao Le Figaro que a região é repleta de comércios judeus. Ele confirmou a evacuação das ruas no local.

A região de Porte de Vincennes fica no 20º arrondissement parisiense.

Fonte: Agência O Globo