A olhos alheios e frios
Nós sempre “estamos”
Quase nunca “somos”
O que por dentro somos
Em seis, oito horas, estamos
Mas em vinte e quatro, somos
O que mente e alma viçam
Conheci distinto cidadão
Como nós, virtudes e defeitos
Da boemia, um amigo do peito
O qual outrora já “esteve”
Locutor, vereador, servidor…
Em seu âmago, sempre “foi”
Comunicador, Poeta, Professor
Garimpeiro da palavra e do amor
Agora, “uma porta se fechou…”
Por ora, só “silêncio e flores murchas”
Tal qual lamentara seu “Último poema”
Mas, contrariando o poeta e seus dilemas
Ignoremos a mágoa da pouca companhia
Cantando hoje a viuvez de sua poesia!
Aqui, Ivo veio
Agora, Ivo vai
Como tantos e tantos
Outros Ivos
Contudo, tu és e vives
Como em versos livres
Em teus Versos Vivos
Ao poeta salgueirense Ivo Júnior, in memorian.
Por Ferreira Neto
Gostaria de deixar registrado meus sinceros agradecimentos por esse belo poema em homenagem ao meu pai. Saibam que ele sempre teve muito orgulho de ter feito parte da história de Salgueiro. Pai foi um professor, político, radialista, jornalista, e um grande poeta. Obrigada todo mundo que esteve presente e prestou as condolências nesse momento tão difícil em nossas vidas. Obrigada!
Belíssimo poema para um ser humano incrível. Parabéns!! Linda homenagem.
Belissima homenagem, para um grande ser humano,IvoJúnior.