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Petrobrás: Queiróz Galvão alvo de nova investigação por corrupção

A ação foi batizada de “Resta Um” e mira a construtora Queiroz Galvão, suspeita de defraudar licitações da petrolífera e pagar subornos para evitar investigações parlamentares.

A Polícia Federal informou que desde o início da manhã foram cumpridos 32 mandatos para obter provas adicionais de crimes de organização criminosa, cartel, fraudes em licitações, corrupção e lavagem de dinheiro, relacionados com contratos assinados entre a Queiroz Galvão e a Petrobras.

No total foram expedidos 23 mandados de busca, dois de prisão preventiva, um de prisão temporária e seis de condução coercitiva.

Segundo informações divulgadas pela polícia brasileira, as investigações indicam que a Queiroz Galvão formou, com outras empresas, um cartel de construtoras que participou ativamente em ajustes para defraudar licitações da Petrobras.

Esse cartel maximizou os lucros das empresas privadas e gerou prejuízos bilionários para a estatal brasileira, pagando valores indevidos a altos funcionários das diretorias de Serviços e de Abastecimento da Petrobras.

A procuradora da República Jerusa Viecili afirmou que chamou a atenção dos investigadores para “a ousadia da empresa investigada, traduzida pela atuação profissional e sofisticada no pagamento de propinas em contratos públicos durante longo período de tempo, mediante a utilização de expedientes complexos de lavagem de dinheiro, inclusive no exterior”.

Entre os executivos detidos estão o ex-presidente da Queiroz Galvão Ildefonso Colares Filho e o ex-diretor Othon Zanoide de Moraes Filho.

Eles são suspeitos de pagar 10 milhões de reais (2,7 milhões de euros) ao ex-presidente nacional do Partido Social Democrata do Brasil (PSDB) em 2009, Sergio Guerra, para barrar as investigações da comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras que funcionava no Senado (câmara alta parlamentar) na época.

Os investigadores da Lava Jato também disseram que já rastrearam outros 10 milhões de reais (2,7 milhões de euros), que teriam sido pagos no Brasil em propina aos funcionários da Petrobras e para o Partido Progressista (PP) e Partido os Trabalhadores (PT).

Fonte: Agência LUSA