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Países reunidos na COP 20 aprovam ‘rascunho zero’ de acordo climático

Depois de duas semanas de negociações tensas na COP 20, em Lima, delegações de 196 países aprovaram na madrugada deste domingo (14) o “rascunho zero” de um futuro acordo global do clima, que contemplará diversas ações para conter o aumento da temperatura do planeta e, com isso, frear os efeitos da mudança climática.

O “Chamamento de Lima para a Ação sobre o Clima”, título recebido pelo documento, foi aprovado por consenso a 1h24 (4h24 no horário de Brasília). A plenária final da Conferência das Nações Unidas aconteceu um dia e meio depois da data prevista para seu término. A falta de entendimento em vários pontos atrasou o fim do encontro.

O principal impasse referia-se ao princípio de diferenciação das responsabilidades dos países em conter a emissão de gases-estufa. Em uma das plenárias realizadas, ficou evidente o confronto entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.

China, Brasil, Índia e África do Sul, os emergentes, não concordavam com a abordagem apresentada numa versão do rascunho anterior à aprovada. Já Estados Unidos, União Europeia e Rússia, a parte rica, queriam aprovar o texto.

No rascunho aprovado nesta madrugada, esse princípio foi melhor referenciado, deixando claro que no novo acordo será levada em conta a culpa histórica de emissões. Outro alvo de reclamação do grupo de países em desenvolvimento, o mecanismo de perdas e danos voltou a ser mencionado no texto. Criado na conferência de Varsóvia, em 2013, ele prevê ajuda a países vulneráveis já atingidos por desastres naturais. No entanto, o rascunho não detalha como esse instrumento vai funcionar.

O conjunto de informações será a base para a criação de um plano mundial a ser firmado em 2015, em Paris, e que entrará em vigor em 2020. O novo tratado será obrigatório a todos os países e deverá impactar diversos setores econômicos. Seus objetivos principais são evitar prejuízos ambientais e mobilizar recursos a populações afetadas por desastres naturais, além da criação de tecnologias que reduzam a poluição.

Fonte: G1