O número de mortos nas inundações do sul das Filipinas aumentou nesta segunda-feira para 713 e o número de desaparecidos se reajustou para 563, segundo dados divulgados pela Cruz Vermelha local nas zonas afetadas.
A maioria das vítimas vem das cidades de Cagayan de Oro e Iligan. As demais vêm das províncias de Bukidnon, Negros, Zamboanga del Norte e Compostela Valley, todos elas localizadas na faixa que forma o sul de Visayas e o norte de Mindanao.
As autoridades de Iligan anunciaram que enterrarão 80 corpos em uma vala comum nesta terça-feira.
O número de desabrigados subiu para 167.460 pessoas, dos quais 45.181 se encontram em 48 abrigos públicos, de acordo com as informações do Conselho Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres.
O diretor desta entidade, Benito Ramos, assinalou que os desabrigados necessitam urgentemente de água potável e que, depois, vão precisar de assistência para reconstruir suas vidas.
Localidades inteiras e centenas de casas foram danificadas pelas enchentes decorrentes das chuvas que a tempestade tropical “Washi” descarregou na região desde sexta-feira.
A imprensa local e parte da população culpam o governo por não ter emitido alertas antes da tempestade tropical, enquanto as autoridades alegam que os moradores não se prepararam em plena época de chuvas.
Entre a tarde de sexta-feira e a madrugada de sábado, “Washi” descarregou em Mindanao mais quantidade de água que tudo o que caiu na região durante um mês de estação chuvosa.
Os analistas das agências internacionais identificam a favelização como o principal fator do grande número de mortes provocadas pelos desastres naturais, que evidenciam o estado precário das obras de infraestrutura no país.
O desmatamento fora de controle favorece enchentes e deslizamentos de terra, frequentes durante a estação chuvosa que, em geral, começa em maio e termina em novembro.
Fonte: Agência EFE