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Norte e Sul impulsionam Dilma; analistas veem riscos em estratégia agressiva

Pesquisas recentes mostram que as sucessivas críticas da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, à sua principal concorrente, Marina Silva, do PSB, surtiram efeito principalmente entre eleitores do Norte e Sul do país.

Dilma aparece numericamente à frente de Marina segundo a última pesquisa de intenções de voto do Datafolha (36% a 33%) e já teria se descolado na primeira colocação pela pesquisa CNI/Ibope, divulgada nesta sexta (39% a 31%). Nas simulações de segundo turno, os dois institutos apontam agora empate técnico – Marina chegou a ter dez pontos de vantagem no Datafolha e nove no Ibope no início do mês.

Analistas afirmam, porém, que a estratégia de atacar Marina é arriscada e pode aumentar a rejeição a Dilma, que já é bastante alta. Na pesquisa CNI/Ibope, 42% disseram que não votariam na candidata do PT de jeito nenhum, 11 pontos percentuais a mais do que o índice medido pelo Ibope no fim de agosto. Marina tem rejeição de 26%, segundo o mesmo instituto.

Foi na região Norte que Dilma mais avançou nos últimos dias. Segundo o Datafolha, a petista passou de 38% das intenções de voto, entre 1º e 3 de setembro, para 48% uma semana depois.

Como nesse intervalo Marina se manteve com 32%, é provável que a petista tenha roubado votos do candidato do PSDB, Aécio Neves – que passou de 14% para 10% -, e dos indecisos (de 10% a 4%).

Fonte: BBC Brasil