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Nobel da Paz para dissidente chinês aumenta pressão por sua libertação

000Líderes mundiais e organizações pró-direitos humanos reforçaram nesta sexta-feira (8) os pedidos para que o governo da China liberte o ativista Liu Xiaobo, depois de ele ter sido agraciado com o Prêmio Nobel da Paz de 2010.Professor e defensor da democracia na China, Xiaobo está preso desde dezembro de 2008. Ele foi condenado a 11 anos de prisão por ter publicado um manifesto em defesa da liberdade de expressão e de eleições multipartidárias no país. Ele vai receber um prêmio de U$ 1,5 milhão (cerca de R$ 2,7 milhões).

Xiaobo é o mais famoso dissidente político chinês. Ele foi considerado um problema pelo governo do país desde 1989, quando se juntou aos protestos estudantis na Praça da Paz Celestial.

O presidente dos EUA, Barack Obama, que recebeu o prêmio em 2009, pediu à China que liberte Xiaobo. O Dalai Lama, líder espiritual do Tibete, também.

O Ministério de Assuntos Exteriores do Reino Unido disse que a concessão do prêmio chama a atenção para a situação que vivem os defensores dos Direitos Humanos de todo o mundo.

O Reino Unido afirmou que “continua pedindo sua liberdade e fazendo campanha em favor da liberdade de expressão em todos os países”.

A chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, felicitou Xiaobo e disse esperar que ele possa receber o prêmio pessoalmente.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que a concessão “é um reconhecimento do consenso internacional cresciente pela melhoria dos respeito aos direitos humanos”.

Mais cedo, a alta comissária dos Direitos Humanos das Nações Unidas, Navi Pillay, também saudou o reconhecimento de um defensor dos direitos humanos com a premiação de Liu Xiaobo.

Em uma possível represália à premiação, o governo da China convocou o embaixador da Noruega, país-sede do Comitê do Nobel, para dar explicações.

Fonte: G1