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MP pode fazer denúncia sem que Queiroz e Flávio Bolsonaro prestem depoimentos, diz procurador-geral

O procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, disse nessa segunda-feira (14) que o Ministério Público (MP-RJ) não precisa ouvir os depoimentos do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e de seu ex-assessor Fabrício Queiroz para apresentar uma denúncia no caso das movimentações financeiras suspeitas identificadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Segundo Gussem, que foi reconduzido ao cargo nessa segunda, a investigação é baseada em “provas documentais consistentes” e os depoimentos seriam para apresentar versões das defesas dos acusados.

“O depoimento vai apresentar a versão deles dos fatos. A ausência não atrapalha. O Ministério Público pode chegar à conclusão de que tem indícios suficientes para ajuizar ação penal e eles posteriormente podem se pronunciar”, disse Gussem.

O procurador-geral ressaltou ainda que o relatório do Coaf deu origem a 22 procedimentos de investigação que estão tramitando atualmente e envolvem vários parlamentares.

Segundo Gussem, quatro já se apresentaram espontaneamente: Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB), André Ceciliano (PT), Tio Carlos (SDD) e Paulo Ramos (PDT).

Na quinta-feira (10), o deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro era aguardado no MP, mas não compareceu para depor.

Em publicação nas redes sociais, ele afirmou que foi notificado apenas na segunda-feira (7) e que tem todo o interesse em esclarecer o caso, apesar de não ser investigado por qualquer crime. Como portador de foro privilegiado, Flávio Bolsonardo pode escolher data, horário e local do depoimento.

Fonte: G1