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MP denuncia quatro quadrilhas formadas por policiais civis e militares

imagemQuatro quadrilhas formada por policiais civis e militares, além de informantes descobertos pela Operação Guilhotina, foram denunciadas pelo Ministério Público do Estado Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (18/2), ao Juíz da 32ª Vara Criminal da Comarca do Rio.

De acordo com o MP, os policiais trabalhavam em delegacias ou em posições estratégicas da Segurança Pública e formavam quatro grupos criminosos que atuavam independentemente e se apropriavam de bens e pertences apreendidos em diligências e operações. Mais de 40 pessoas estão envolvidas nas denúncias, sendo que pelo menos 30 são policiais.

As acusações enquadraram-se nos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e/ou ativa, peculato e violação de sigilo funcional, dentre outros, que variam de acordo com a conduta individual de cada acusado. Assinaram as denúncias os promotores de Justiça Homero das Neves Freitas Filho, Alexandre Murilo Graça, Márcio José Nobre de Almeida e Luis Otávio Figueira Lopes.

Denúncias

Em uma das denúncias, o ex-subchefe Operacional de Polícia Civil Carlos Antonio Luiz de Oliveira é apontado pelos promotores de Justiça como o responsável por facilitar as atividades ilícitas da milícia na Favela Roquete Pinto, na zona Norte do Rio de Janeiro. De acordo com os promotores do MPRJ, Oliveira “atuava controlando as autoridades policiais das delegacias nas quais os milicianos exerciam suas funções, de modo a permitir as empreitadas delituosas para a aquisição de armas e outros ′espólios` de guerra”. Além de Oliveira, foram denúnciados quatro policiais civis, seis PMs, três traficantes e outras sete pessoas que controlavam serviços como a distribuição de água, luz e gás na favela comandados pelos milicianos.

Propina de R$ 50 mil

Outras sete pessoas – três policiais civis e dois PMs – foram denunciados por atuarem em uma quadrilha que se apropriava de bens de criminosos, apreendidos em territórios dominados pelo Comando Vermelho e revendiam o material para a facção ADA, liderados pelos traficantes Nem, da Rocinha, e Roupinol, do Morro de São Carlos. Também de acordo com a denúncia, quatro policiais teriam negociado um “arrego” (propina) com os traficantes, recebendo em troca um pagamento mensal de R$ 50 mil para o repasse de informações sobre operações policiais.

Fonte: Correio Braziliense