O brasileiro João Havelange, o ex-presidente da Fifa que modernizou e promoveu o futebol em todo o mundo, mas que teve seu legado ofuscado por acusações de corrupção, morreu nesta terça-feira, aos 100 anos.
A morte foi confirmada pelo Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, onde se encontrava internado com problemas pulmonares.
“Nossos pensamentos estão com a família e os amigos de João Havelange neste momento triste. O COI deu seu consentimento a um pedido do Comitê Organizador dos Jogos do Rio-2016 para permitir que a bandeira brasileira ondeie a meio mastro durante o dia nas instalações olímpicas”, declarou o Comitê Olímpico Internacional em um comunicado.
Já seu sucessor na Fifa, Joseph Blatter, suspenso da instituição em 2015, declarou que “Havelange transformou o futebol em uma linguagem universal”.
“Havelange tinha uma ideia na cabeça e era fazer do futebol um jogo global com seu slogan: ‘o futebol é uma linguagem universal’, e ele conseguiu isso”, afirmou Blatter em mensagem enviada à AFP.
Ex-nadador olímpico e filho de um comerciante de armas belga, Jean Marie Faustin Godefroid Havelange é considerado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) – ao qual esteve vinculado por 48 anos – como um dos três maiores dirigentes esportivos do século XX.
Entre 1974 e 1998, foi presidente da Fifa, e foi sob sua gestão que o futebol deixou de ser apenas um esporte para se transformar em um espetáculo de multidões e em um dos programas televisivos mais rentáveis.
Nadador olímpico – participou dos Jogos Olímpicos de 1936 em Berlim e 1952 em Helsinki -, Havelange teve o faro empresarial para vender jogos à televisão, atrair grandes marcas esportivas e estender o gosto pelo esporte a países sem tradição futebolística como Estados Unidos, China e Japão.
Fonte: Yahoo